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Vidente relata os perigos do mau-olhado

2 jun 2018 - 10h00
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Olha o olho! Muita gente acha que é bobagem, superstição; mas há quem acredite piamente em “olho gordo”, expressão também conhecida como “mau-olhado”, que diz respeito ao desejo de possuir o que é dos outros, à inveja e ciúme.

Foto: AntonioGuillem / iStock

O homem, esse ser repleto de certezas e confianças, acredita que outra pessoa só possa lhe fazer mal com as mãos, ou com qualquer tipo de arma bem visível. Dessa forma, ele acaba por não se dar conta de que o ser humano é uma fonte poderosa de energia que, se usada a partir de sentimentos de inveja, cobiça, ciúmes, pode atingir o outro e causar estragos e dissabores incontáveis, porque a energia, mesmo invisível, imaterial, pode ferir como a mais perigosa das armas.

Como fazer então, para evitar ou se livrar do olho-gordo? Algumas medidas podem ser tomadas. Mesmo que, às vezes, elas pareçam pouco fortes, costumam ser efetivas e funcionar a contento. Assim, há pessoas que benzem o olho-gordo, principalmente quando ele recai sobre crianças que, em geral, melhoram rapidamente da indisposição típica do mau-olhado.

Para adultos, as soluções são outras. Quem deseja evitar o efeito da inveja, deve, como primeira condição, não invejar nada e nem ninguém, porque um olho-gordo atrai o outro, cria um fácil canal de “diálogo”. Energias recíprocas se atraem, uma vez que se identificam. Assim, nunca desejar mais do que se tem, nunca admirar mais do que o aceitável, são condutas que, além de sensatas, revelam maturidade espiritual e funcionam como um bom antídoto contra o mau-olhado.

A discrição é outra forte condição para se escapar do mau-olho. Ser reservado e modesto, não exibir vitórias e ganhos, evita despertar a inveja e suas tantas sequelas. Portanto, não se vangloriar, não mostrar exageradamente acertos e benefícios, é sempre recomendado, embora não seja tarefa fácil.

Muitas vezes o ser humano tem mais prazer em mostrar o que conseguiu, do que em usufruir daquilo, seja lá o que for. É a vaidade que abre essa perspectiva e, quase sempre, fragiliza o indivíduo, criando situações complicadas, levando-o a se expor perigosamente aos anseios e ambições dos outros.

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Fonte: Marina Gold
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