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Feng Shui: filtro dos sonhos evita pesadelos e maus pensamentos

23 mai 2013 - 20h27
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Foto: Getty Images

Quando comecei a estudar e a trabalhar com Feng Shui, lembro de uma das primícias da Técnica Chinesa de Harmonização de Energias e Ambientes que chamou minha atenção: a de respeitar a cultura e crença de uma pessoa e povo. Tudo que pode fazer bem a uma pessoa e trazer boas energias deve ser usado pelo Feng Shui. Mesmo que não faça parte “da cultura Feng Shui”, qualquer símbolo ou instrumento que melhore a energia da pessoa ou da casa tem que ser usado.

Um destes instrumentos ou objetos que melhoram a energia destaco o filtro dos sonhos, ou dreamcatcher, instrumento indígena americano usado para as pessoas dormirem com tranquilidade. Este amuleto da cultura indígena ojibwa é conhecido por vários nomes: filtro dos sonhos, espanta-espíritos, apanhador de sonhos ou caçador de sonhos. É formado um aro construído com uma vara de salgueiro-chorão, ao qual são atrelados e pendurados vários fios, formando uma sorte de teia de aranha, propositalmente irregular em sua forma, segurando algumas poucas penas e/ou outros pequenos objetos de significância pessoal especial.

O objetivo principal deste instrumento é atrair os bons sonhos e afastar os pesadelos. Por este motivo é colocado principalmente no quarto de dormir. O uso mais apropriado do filtro dos sonhos  é em frente a uma janela, onde a luz possa bater pela manhã, pois, assim os sonhos passam pelo furo e os pesadelos ficam presos na teia e desaparecem com a luz do amanhecer.

Outra opção muito comum é pendurar o filtro dos sonhos sobre a cama, bem em cima do corpo da pessoa. Assim, irá proteger seu sono e trazer bons sonhos. Ainda podemos usar um filtro dos sonhos em vários ambientes e de várias formas: no mundo da moda, decoração, em tatuagens, colares, roupas, estampas, brincos, amuletos e afins, tudo em busca de levar consigo mais uma proteção.

A tradição manda que as teias coloridas sejam penduradas sobre o berço dos bebês e a caminha das crianças. Os sonhos bons, sabendo exatamente aonde ir, conseguem passar pelo buraco central da teia, ao passo que os sonhos ruins ficam perdidos e acabam presos nos fios. Conta uma velha lenda dos nativos norte-americanos que um velho índio, ao fazer uma Busca da Visão no topo de uma montanha, encontrou IKTOMI, a aranha, e comunicou-se em linguagem sagrada. A Aranha pegou um aro de cipó e começou a tecer uma teia com cabelo de cavalo e as oferendas recebidas. Enquanto tecia, o espírito da Aranha falou sobre os ciclos da vida, do nascimento à morte, e das boas e más forças que atuam sobre nós em cada uma dessas fases. Ela dizia: “Se você trabalhar com forças boas será guiado na direção certa e entrará em harmonia com a natureza, do contrário, irá para uma direção que causará dor e infortúnios.”

No final a Aranha devolveu ao velho índio o aro de cipó com uma teia no centro dizendo-lhe: “No centro está a teia que representa o ciclo da vida. Use-a para ajudar seu povo a alcançar seus objetivos, fazendo bom uso de suas ideias, sonhos e visões. Eles vêm de um lugar chamado Espírito do Mundo que se ocupa do ar da noite com sonhos bons e ruins". O mais comum é usar o filtro dos sonhos em quartos de bebês e crianças que têm  sono agitado ou pesadelos. Mas nada impede de qualquer pessoa usar o instrumento para ter boas energias, bons sonhos e ótimo sono.

Ficou com dúvida? Quer saber mais sobre o trabalho de Franco Guizzetti ou entrar em contato com ele, clique aqui.

Franco Guizzetti Franco Guizzetti
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