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Feng Shui: vale a pena se anular para tentar agradar a todos?

24 jul 2013 - 10h43
(atualizado às 10h43)
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<p>Aprender a dizer "não" é um dos desafios na busca pela felicidade</p>
Aprender a dizer "não" é um dos desafios na busca pela felicidade
Foto: Getty Images

Sonia é uma profissional de certo sucesso. Ela é dona de uma loja de roupas femininas aqui em São Paulo que vai bem, segundo ela. Conheci a Sonia durante as sessões de Coaching Holístico em que ela trabalhou comigo em um passado recente. Qual seu foco a alcançar pelo Coaching? Realizar seus sonhos de vida: viajar, fazer um curso, se cuidar e ficar mais bonita.

Ela sabia o que queria. Mas, sua frustração estava em não realizá-las. E o pior é que ela não sabia por que não conseguia e nem como iria conseguir. Por não conseguir realizar uma meta ou sonho, ela procurou o Coaching Holístico, que é um processo que fazemos com o cliente durante sessões, para orientá-lo e ajudá-lo a determinar as metas, planejar como conquistar, levantar os obstáculos e descobrir as ferramentas ou formas para resolver os problemas e caminhar para o sucesso da meta. E ainda descobrir o que motiva as pessoas na vida.

Coaching Holístico parece simples e mágico. Resolve tudo. Garanto que não é simples e nem resolve tudo. O Coaching lhe mostra caminhos para respostas. Te faz enxergar possibilidades. O Coaching Holístico te faz pensar o que te motiva, fazendo você descobrir seus potenciais. Ou melhor, seus poderes. E que poder? O poder de decidir. O pode de realizar. O poder de se frustrar e superar as frustrações. O poder de ser feliz. O poder de dizer sim ou não. O poder de viver sua vida.

Voltando ao caso da Sonia, após ela definir as metas a serem trabalhadas, pedi que ela preparasse para a próxima sessão de Coaching uma lista com 10 itens de seus sonhos pessoais a realizar. Ela teria uma semana para pensar. Era a lista dos desejos que ela almejava para ser feliz. Adivinhem o que ocorreu na sessão seguinte com a Sonia? Ela não preparou a sua lista dos desejos. E nem precisei perguntar o motivo, ela chegou explicando. Ou melhor, ela chegou com o discurso pronto das desculpas.

Vejam nosso diálogo:

Sonia: eu não tive tempo de escrever a lista. Não tive cabeça. Estou cheio de problemas a resolver e não consegui parar para pensar em mim.

Eu: a lista era a única coisa que pedi para você fazer. Era preciso parar 10 minutos e pensar no que gostaria de conquistar para você. Você não consegue ter 10 minutos em sete dias para pensar no que gosta? Mas para dar desculpas em 10 minutos você tem tempo?

Sonia: você não me entende. Eu preciso resolver os problemas.

Eu: seus problemas tomam tanto tempo assim?

Sonia: meus, não. Dos outros. É filho. Marido. Irmãos. Pais com idade. Que me pedem ajuda e jogam os problemas para eu resolver.

Eu: eles não podem se virar? Tudo é você? Cadê seu tempo para se cuidar?

Sonia: você não entende? Eles precisam de mim. Eles querem que eu cuide deles.

Eu: e a Sonia? Quem vai cuidar dela? Quem vai ajudá-la a alcançar seus sonhos? Você quer que faça sua lista de desejos? Você reclama que não faz o que gosta e quando peço para pensar e escrever, não consegue? Você tem certeza que quer ser feliz?

Sonia: sim, quero. Eu estou aqui para isto.

Eu: ótimo. Vamos fazer a lista juntos. Agora, antes de fazê-la, responda uma coisa: como vai concretizar a lista se você não pensa em você e não sabe dizer não para os outros? Você está se anulando. Por isto, não consegue realizar seu sonhos. O que você terá que fazer para ser feliz e concretizar o quer de agora em diante? 

E claro que a resposta da Sonia foi "dizer não para os outros". Mas ela falou também que não sabia como, pois ela não sabe dizer não para os outros e teve que aprender. "Não posso. Não quero. Não é problema meu. Não vou carregar você no colo."

Se queremos ser felizes, temos que parar de agradar a todos por simples capricho. Diga sim primeiro a você. E seja mais feliz. Quanto a Sonia, ela já está na terceira lista do que quer fazer. Está super feliz. Muitos parentes não falam mais com ela depois de receberem um “não”. E ela está muito mais leve e tranquila.

Ficou com dúvida? Quer saber mais sobre o trabalho de Franco Guizzetti ou entrar em contato com ele, clique aqui.

Fonte: Terra
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