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Magia do Inverno: entenda a importância da 'noite escura da alma'

Saiba mais sobre 'a noite escura da alma'

9 jul 2024 - 11h01
(atualizado em 11/7/2024 às 23h54)
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Em pleno auge do verão, quando o calor abraça a Terra com fervor, é fácil esquecer que até mesmo o sol mais ardente precisa de uma pausa. A natureza, sábia como é, nos ensina que cada estação tem seu papel crucial na dança cósmica da vida. E, acredite ou não, o inverno, com seu frio e suas noites longas, é um capítulo essencial dessa saga.

Saiba como a Magia do Inverno pode ser importante
Saiba como a Magia do Inverno pode ser importante
Foto: Shutterstock / João Bidu

Sendo a estação que divide opiniões, já que alguns o adoram, outros o detestam, mas ninguém pode negar sua importância fundamental para o equilíbrio da vida na Terra. Sem a noite, o dia não teria descanso; sem a chuva, o sol queimaria tudo. É a velha sabedoria taoísta do yin e yang, onde cada força tem seu lugar e propósito.

Se pensarmos na mitologia, tanto o deus do Sol quanto o da Noite têm papéis cruciais. Apolo, o deus do Sol na mitologia grega traz calor, luz e vida, enquanto Hades, o deus do submundo, representa a introspecção e a regeneração. A harmonia entre esses elementos é o que mantém o mundo em movimento.

A Importância do Inverno para a Terra

Para começar, precisamos lembrar que o inverno não é apenas um período em que reclamamos do frio enquanto nos enrolamos em cobertores e consumimos litros de chocolate quente. Ele é, na verdade, uma fase de descanso e rejuvenescimento para a Terra. As plantas entram em dormência, preservando energia para a explosão de vida que ocorrerá na primavera. Os animais, por sua vez, ajustam seus comportamentos, alguns hibernando, outros migrando, tudo para garantir a sobrevivência.

Equilíbrio Cósmico

Vamos fazer uma pequena viagem ao cosmos. Imagine um universo onde só existisse o sol. Quente, brilhante e… insuportavelmente seco. A vida, como a conhecemos, não teria vez. Precisamos do equilíbrio, das forças opostas que se complementam. Os Deuses do Sol e da Noite, das Estações e dos Elementos trabalham juntos para criar um mundo habitável. Sem a noite, o dia não teria descanso; sem a chuva, o sol queimaria tudo. É a velha sabedoria taoísta do yin e yang, onde cada força tem seu lugar e propósito. 

Rituais de Solstício de Inverno

Desde tempos imemoriais, o solstício de inverno é celebrado por diversas culturas ao redor do mundo. Os antigos celtas, por exemplo, comemoravam, o Yule era celebrado com grandes fogueiras e a queima do Yule log, uma tradição que simboliza o retorno da luz e do calor. Os romanos tinham as Saturnálias, uma festa dedicada a Saturno, o deus da agricultura e também do tempo, um período de festas com muitos banquetes e trocas de presentes. Esses rituais são lembranças de que, mesmo nos dias mais escuros, há esperança e promessa de luz.

Perséfone: A Rainha do Submundo e do Equilíbrio

A história de Perséfone é um exemplo clássico da importância do inverno e do equilíbrio entre as estações. Filha de Deméter, a deusa da agricultura, Perséfone foi raptada por Hades e levada ao submundo. Sua mãe, em luto, fez a Terra parar de florescer, trazendo o inverno eterno. Depois de muita negociação, ficou decidido que ela passaria metade do ano com Hades e a outra metade com Deméter. Sua descida ao submundo marca o início do outono e inverno, enquanto seu retorno à superfície traz a primavera e o verão.

Noite escura da alma

Por isso, sempre que o inverno chegar e você sentir aquela pontada de desânimo ao ver os dias cinzentos, lembre-se de que é um período necessário para que a Terra e todos os seus habitantes possam descansar, refletir e se preparar para o renascimento. O inverno é uma parte indispensável da grande tapeçaria da vida, um lembrete de que o equilíbrio é fundamental e que, assim como na história de Perséfone, a Primavera sempre chega. Sendo assim, após o inverno com as raízes mais firmes, podemos seguir o conselho de Jung "Qualquer árvore que queira tocar os céus, precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar o inferno." 

João Bidu
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