Traição: o grande mal da falta de caráter
Desentranho hoje uma reflexão que vem me acompanhando há bastante tempo, alfinetando e incomodando. Trata-se, outra e mais uma vez, de olhar frontal para nosso rosto de homem – e o que vejo não é das coisas mais agradáveis... êta bicho complicado.
Convencida de que a amizade se mede na adversidade, decepciono-me repetidas vezes ao perceber a facilidade com que uns viram as costas aos necessitados. Ajudar é bom, mas parece não estar no programa de muita gente.
As pessoas afirmam ter um “coração bondoso”, mas, surpreendente, ao primeiro sinal de necessidade alheia, o músculo palpitante de pedra começa a esgrouvinhar em pedra. Quando tudo vai bem é simples, porém o infortúnio (que pede socorro e sentimento afiado) costuma gerar (bem no momento de maior desvalimento e fragilidade) respostas inesperadas e censuráveis.
Já enfrentei inúmeras vezes tal dificuldade, de ajudar alguém que, golpeado uma vez, pedindo socorro, recebeu de quem acreditava poder confiar, outro (e mais duro) golpe, negação e abandono.
Há uma perversidade nesse “chutar o cachorro morto”, deixar de estender a mão (para apanhar, bem possível, uma mão que já foi estendida em auxílio anterior), retribuir, auxilio que pouco custa – mas muito significa!
A bondade ou a maldade do caráter se manifestam perigosamente em situações de crise, quando as coisas estão borbulhando é que se pode medir a pessoa ao nosso lado.
Recentemente compartilhei uma história que se desenrolava num cenário desses. Eram amigas de longa data e vinham trocando ajuda recíproca. Quando uma se viu, injustamente, envolvida numa encrenca grande, maior do que de costume, a outra, com candura, virou as costas.
Pior, para justificar (provavelmente para si e para os outros) tal postura, inventou uma complicada história de confiança e honestidade. A amiga em apuros não podia ser amparada, porque não era honesta. Absurdo e triste encaminhamento. A mentira eximindo o mentiroso de suas responsabilidades e dívidas (inclusive espirituais).
Como lidar com uma covardia dessas. Só encontro uma saída: a pessoa injustiçada deve redobrar suas forças morais, levantar a cabeça, superar a crise e nunca, nunca mais mesmo, se importar com as posturas ou atitudes de quem a golpeou exatamente naquele momento de maior necessidade. Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.