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Junho Laranja: precisamos falar sobre as leucemias

7 mil brasileiros perderam a vida, em 2020, em decorrência das variantes da doença

15 jun 2021 - 22h02
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Junho Laranja
Junho Laranja
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Intitulado como "Junho Laranja", o mês visa jogar luz a uma doença que matou 7 mil pessoas no Brasil em 2020, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer: a leucemia. Os números altos alertam para uma tendência preocupante, na qual 10 mil novos casos serão registrados até 2022. Nessa estimativa, o maior público atingido seria o masculino, com 5920 homens portando a condição; enquanto as mulheres somariam 4890 doentes.

Diferente do que muitas pessoas pensam, a leucemia não consiste em apenas um tipo de câncer, apresentando 4 variações: a leucemia mieloide aguda, a leucemia mieloide crônica a leucemia linfoblástica aguda e a leucemia linfocítica crônica. 

Apesar da grande incidência e fatalidade, a doença ainda tem sua origem desconhecida. Segundo a hematologista Maria do Carmo Favarin, a patologia é provocada a partir de uma mutação genética na célula sanguínea localizada na medula, acometendo-a. Assim, a célula que antes era saudável, torna-se cancerígena e multiplica-se rapidamente, destruindo as demais saudáveis. 

Ela explica que a redução dos glóbulos vermelhos desencadeia a anemia e sintomas como cansaço, fata de ar, dor de cabeça e batimentos acelerados, e, por conta da redução de plaquetas, o paciente poderá apresentar também manchas roxas na pele e sangramento. Além disso, ocorre uma baixa na imunidade do organismo, favorecendo infecções. 

Prevenção, diagnóstico e tratamento

"É importante pontuar que a leucemia não escolhe sexo, nem idade. Por isso, é fundamental priorizar uma rotina de cuidados contínuos com a saúde. Quanto antes diagnosticados os casos, maiores as chances de sucesso do tratamento", complementa a médica.

Sendo assim, os maiores aliados na prevenção da doença são os exames laboratoriais de rotina, os quais poderão apontar possíveis alterações. Manter os checapes em dia, bem como visitar o médico regularmente é essencial. 

Esses resultados, portanto, contribuem para um reconhecimento imediato do caso. "Mesmo que você não apresente nenhum indício, realize exames. Essa preocupação com a saúde nos leva ao diagnóstico precoce, uma das maneiras de conquistas os melhores resultados nos tratamentos - principalmente os oncológicos", finaliza a especialista.

Fontes: Maria do Carmo Favarin, médica hematologista e gestora do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica/ Saúde em Dia.

Alto Astral
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