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Mau hálito em pets pode ser alerta para doenças periodontais; entenda

Sentiu aquele "bafinho" no seu cachorro ou gato? Isso pode ser um sinal de doenças periodontais; veja dicas para cuidar da higiene dos pets

25 out 2022 - 17h07
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Doenças periodontais pets
Doenças periodontais pets
Foto: Shutterstock / Alto Astral

O dia 25 de outubro é marcado pela campanha nacional de saúde bucal e embora seja um assunto voltado para humanos, a higiene da boquinha dos animais também merece atenção. Isso porque, cães e gatos costumam sofrer de doenças periodontais, que causam mau hálito em pets e outros danos sérios.

De acordo com a médica veterinária Franciele Fraiz, esse problema afeta mais de 80% dos pets adultos, impactando dentes, gengiva, osso e outras estruturas importantes da boca dos pets. "Além do processo inflamatório das doenças bucais ser dolorido para os pets, enquanto o organismo do animal trabalha para combater a infecção, são produzidas substâncias denominadas imunocomplexos, que se instalam nos rins, aumentando as chances do desenvolvimento de doenças renais".

A especialista ainda explica que a inflamação gerada permite que as bactérias entrem na corrente sanguínea e se instalem em outros órgãos, causando ou agravando doenças como a bronquite, a artrite e a endocardite. Para evitar que problemas como esse afetem os animais de estimação, Franciele deixa quatro dicas importantes. Confira quais são a seguir!

O mau hálito pode ser um sinal de alerta para a doenças periodontais em pets –
O mau hálito pode ser um sinal de alerta para a doenças periodontais em pets –
Foto: Shutterstock / Alto Astral

1. Escove os dentes dos pets com regularidade

Segundo a veterinária, a escovação de dentes deve ser feita diariamente ou, ao menos, três vezes por semana. Isso evita o acúmulo de bactérias que formam os cálculos dentários — ou tártaro, como são popularmente conhecidos —, e a doença periodontal. Esse é um processo que começa a acontecer entre 24 a 32 horas após a ingestão de alimentos. Ou seja, a escovação é fundamental!

No entanto, não são todos os pets que aceitam a escovação dentária com tranquilidade. Por isso, o ideal é que esse processo comece desde filhote para acostumar desde cedo. Franciele explica que "as primeiras tentativas podem ser feitas com uma gaze umedecida ou com dedeiras, até que o pet se acostume. Depois a escova dental, adequada ao tamanho do pet, pode ser introduzida à rotina".

Agora se o cachorro ou gato já é adulto, a dica é vincular a higienização bucal a recompensas positivas. Assim o pet associa o momento da escovação com passeios, brincadeiras, elogios ou carinhos e, consequentemente, consegue tolerar a higienização com mais tranquilidade.

2. Use produtos específicos para pets

Mesmo que o hábito seja semelhante ao de humanos, a escovação de dentes em pets requer produtos específicos para eles. "Existem cremes dentais específicos para pets que, além de serem seguros para eles, podem ser manipulados com sabores atrativos, como frango, bacon, banana, entre outros", recomenda a veterinária.

3. Petiscos, brinquedos e sprays são bem-vindos!

Além da escovação, existem outras possibilidades de produtos que auxiliam na higiene bucal como petiscos com essa finalidade, brinquedos que estimulem a mordedura, spray e espumas bucais com ativos para higiene e prevenção do mau hálito em pets. Essas são opções ajudar no dia a dia de cães e gatos.

Existem ainda outros produtos voltados para a higiene bucal de pets conforme explica Franciele. "Na manipulação veterinária é possível preparar mousses, filme oral e lenços umedecidos com fármacos adequados para cada pet e com o sabor de preferência dele. Porém, devem ser utilizados de forma complementar à escovação, pois somente ela é capaz de fazer a remoção dos resíduos alimentares e biofilmes bacterianos depositados diariamente na superfície dos dentes e gengiva", aponta a médica veterinária.

4. Acompanhamento veterinário é fundamental

Assim como humanos precisam ir ao dentista com regularidade, pets também devem cuidar da saúde bucal com especialistas. Afinal, essa é uma etapa tão importante quanto a vacinação e o controle de ectoparasitas.

Inclusive, são essas visitas ao veterinário que podem identificar os primeiros sinais da doença periodontal, já que seus sintomas são discretos e o tutor pode demorar a perceber um pouco mais que algo não vai bem com o animal.

Quando a placa bacteriana está instalada é necessária a realização de um procedimento cirúrgico para retirada, além da restauração da profundidade da gengiva e extração dos dentes comprometidos. Os cuidados diários com os pets que passam pelo procedimento continuam os mesmos.

"A remoção cirúrgica vai corrigir os danos causados anteriormente, mas o acúmulo de biofilme bacteriano acontece diariamente. E vale lembrar que a rotina de higiene bucal não anula a necessidade de visitas regulares ao veterinário e nem a possibilidade de uma nova intervenção, pois alguns pets têm maior tendência à formação de placa bacteriana e doenças periodontais", finaliza a veterinária.

Fonte: Franciele Fraiz, médica veterinária da DrogaVET, rede de farmácias de manipulação veterinária.

Alto Astral
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