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Médico fica 8 anos sem tomar banho durante experimento e revela efeitos no corpo

James Hamblin reduziu drasticamente a limpeza corporal e passou a lavar somente as mãos com sabão

12 jul 2024 - 11h41
(atualizado às 13h21)
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James Hamblin é médico e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale (EUA)
James Hamblin é médico e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale (EUA)
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Um médico e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, fez um experimento um tanto peculiar: parar de tomar banho. Em 2015, James Hamblin, tinha como objetivo investigar os efeitos da higiene mínima na saúde da pele e no bem-estar geral. A informação é do El Tiempo.

“Você se acostuma. Eu me sinto normal”, afirma. O especialista em Medicina Preventiva queria entender como as práticas modernas de higiene afetam a nossa saúde, além de desafiar as normas sociais. 

Aos 40 anos, Hamblin reduziu drasticamente a limpeza corporal e passou a lavar somente as mãos com sabão. O foco do experimento era de que o corpo alcançasse um equilíbrio natural, com os óleos e micróbios já presentes na pele. 

Durante esse período, ele percebeu que, ao minimizar o uso de produtos agressivos, como sabonetes fortes, a produção de óleo natural foi ajustada e foi mantido um ambiente microbiano mais estável e saudável. Isso foi relatada em seu livro Clean: The New Science of Skin and the Beauty of Doing Less [Limpo: a nova ciência da pele e a beleza de fazer menos, em tradução livre], lançado em 2020. 

O estado de equilíbrio, conforme o médico, é alcançado quando se permite que o microbioma cutâneo floresça sem interrupções químicas, como quando há o uso de limpadores. 

Hamblin defende que o odor corporal não necessariamente quer dizer que há sujeito, mas sim, um desequilíbrio microbiano, já que o mau cheiro é produzido por bactérias que se alimentam das secreções oleosas vindas do suor e das glândulas sebáceas. Portanto, quando usamos produtos de higiene, alteramos o equilíbrio desses micróbios, o que acaba favorecendo o surgimento de odores desagradáveis. 

Todo o processo de parar de tomar banho foi gradual: ele começou a espaçar as duchas e reduziu o uso de sabonetes e demais produtos de higiene pessoal. Logo, o corpo passou a se adaptar, o que fez com que o odor e o desconforto fossem minimizados. 

"Houve momentos em que eu queria tomar banho porque sentia falta, cheirava mal e sentia que estava oleoso. Mas isso começou a acontecer cada vez menos", afirmou. 

Ele também se enxaguava quando achava necessário. "Você pode esfoliar ou remover os óleos simplesmente esfregando com as mãos e penteando o cabelo ocasionalmente", explicou. Ele também mantinha uma rotina regular de higiene bucal. 

"Os micróbios em nossa pele são tão importantes para sua aparência e para nossa saúde quanto a microbiota intestinal é para o sistema digestivo", salientou. 

O hábito de tomar banho regularmente era mais comum entre a realeza, conforme o médico, portanto, a maioria das pessoas até pouco tempo atrás não tinham acesso a água corrente. Com o avanço da tecnologia, foi possível compreender melhor o microbioma da pele, sugerindo que nem todos os micróbios são prejudiciais para nossa saúde.

Fonte: Redação Terra
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