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Menopausa: o que acontece quando você chega lá?

O processo é natural e todas as mulheres passam por ele, no entanto, ainda é considerado tabu falar sobre isso

12 nov 2021 - 10h00
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Algumas mulheres podem começar a sentir os sintomas da menopausa a partir dos 45 anos
Algumas mulheres podem começar a sentir os sintomas da menopausa a partir dos 45 anos
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Bastou a novela 'Um Lugar ao Sol' (Rede Globo) anunciar que abordaria a menopausa para o assunto ficar entre os mais comentados. Na história, a personagem Rebeca, vivida por Andréa Beltrão, é uma ex-modelo que precisa lidar com a invisibilidade feminina ao chegar nesta fase. Vale lembrar (e destacar) que a menopausa é um processo natural de todas as mulheres, mas ainda é considerado um tabu. Conversamos com um time de especialistas para tirar suas dúvidas sobre o tema e mostrar que esse debate deve ser orgânico, informativo e social.

Os efeitos na saúde 

Com a queda do hormônio feminino, o estrogênio, e a interrupção da fase reprodutiva, mudanças são sentidas. É comum que algumas surjam a partir dos 45 anos. Entre elas, a maioria impacta a saúde íntima feminina, envolvendo, principalmente, a vagina. Veja alguns: 

  • Ressecamento: é o sintoma mais comum da fase, que pode atrapalhar tanto na hora da penetração, quanto no dia a dia. Nesses casos, a recomendação é investir em lubrificante à base de água ou óleo de coco para o momento íntimo e em hidratantes vaginais feitos de água ou ácido hialurônico. 
  • Flacidez: o envelhecimento favorece a perda de colágeno, resultando na flacidez. Esse mesmo processo acontece no assoalho pélvico e, unido às quedas hormonais, produz um estreitamento no canal vaginal, causando dor nas relações sexuais. Para resolver essa questão, reposição hormonal e sessões de fisioterapia pélvica são boas opções. 
  • Tecidos vaginais fragilizados: outra decorrência da perda de colágeno e baixa hormonal, os tecidos tendem a ficar mais finos e menos elásticos, podendo sofrer fissuras, lesões e até sangramento com maior facilidade durante a penetração. Além da reposição hormonal, o laser vaginal também é uma alternativa de tratamento, pois estimula a produção de colágeno e ajuda na lubrificação. 

Psicológico e emocional também podem ser afetados

Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, os impactos psicológicos e emocionais decorrentes da menopausa não são uma regra. Isso porque o estilo de vida da mulher poderá ser determinante nessa fase, ou seja, a prática de esportes, alimentação saudável e noites bem dormidas são aliados para garantir o bem-estar apesar das mudanças. 

Mas e quando impacta? "Algumas mulheres podem ficar mais sensíveis, irritadas ou deprimidas e sofrer ainda com a secura vaginal, podendo atrapalhar no sexo. Isso vai depender de como está a saúde emocional dessa mulher para encarar a menopausa, sua disposição para tratá-la", explica Marina. 

Como você encara a menopausa? 

A psicóloga alerta que esse estágio da vida é encarado de formas distintas por cada mulher. Enquanto algumas se sentem mais livres por causa da ausência da menstruação e a impossibilidade de engravidar, outras podem passar a se achar menos femininas pelos mesmos motivos. Por isso, preparar a mente e o corpo para a nova etapa de vida é um processo essencial na hora de lidar com a situação - que não precisa, aliás, ser enfrentada sozinha. Você pode compartilhar suas dúvidas e impressões com uma psicóloga, um ginecologista ou uma amiga.

Dificuldades que possivelmente serão enfrentadas no sexo, como dor pela falta de lubrificação ou perda da líbido, podem contribuir para sentimentos conflitantes. "Algumas mulheres podem sentir que estão perdendo sua potência, envelhecendo, quando, na verdade, todas essas questões têm saídas. O ressecamento, por exemplo, resolve-se com um simples gel lubrificante", completa Marina. 

Fontes: Isabela Barboza, ginecologista do Hospital 9 de Julho, em São Paulo (SP); Maurício Abrão, ginecologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo;  Rodrigo de Freitas, ginecologista e mastologista do Hospital Samaritano, em São Paulo (SP); e Marina Vasconcellos, psicóloga especialista em psicodrama terapêutico.

Alto Astral
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