Metas financeiras: saiba como colocar as suas em prática em 2023
Especialista traz dicas práticas para definir metas financeiras e conseguir concretizá-las ao longo do novo ano
O começo de um novo ano é um período onde muita gente começa a estipular novas metas, inclusive financeiras. O problema é que o ano passa e muitos desses objetivos vão ficando para trás, principalmente quando dependem de dinheiro. Mas, mudando certas atitudes, é possível colher resultados diferentes em 2023.
O primeiro passo, segundo o educador financeiro, Thiago Martello, é rever as estratégias traçadas para atingir as metas financeiras e mudar o que não funciona. Como exemplo, ele cita alguém que quer formar uma reserva de emergência.
"Nesse caso, normalmente o brasileiro paga as contas e, se sobrar, ele guarda. Isso não dá certo porque o dinheiro não foi feito para sobrar, mas para gastar. Tem que inverter a lógica para conseguir cumprir a meta. Ou seja, quando o pagamento chega, já tiro antes o que vou guardar. Mesmo que seja um valor pequeno", aconselha.
Além disso, para uma meta financeira ser realizada, é preciso que ela seja simples, especialmente para quem está começando a criar objetivos nesse sentido. "Se a pessoa estipular uma meta inatingível, difícil de alcançar, ela vai se frustrar. E o que poderia ser legal acaba sendo ruim", explica.
Assim, o especialista recomenda estabelecer metas possíveis de serem realizadas. "Se eu quero guardar 5 mil reais até o fim do ano, por exemplo, posso dividir em metas menores, por trimestre, mês ou semana. Dessa forma, fica mais fácil. Além disso, a sensação de estar conseguindo atingir algo ajuda a pessoa a querer continuar no processo", afirma.
Mude seus hábitos financeiros
Outra dica do educador é buscar conhecer mais a si mesma para identificar situações que te levam a gastar por impulso. Para isso, ele recomenda fazer uma autoanálise de suas atitudes no ano anterior para identificar hábitos que atrapalham sua vida financeira e alterá-los.
"Em uma dessas imersões, a pessoa pode conseguir encontrar coisas do gênero: 'Eu, quando brigo com meu marido, vou ao shopping e gasto'. E passar a fazer diferente, trabalhando um novo hábito, um novo padrão. Que tal mudar para: 'Briguei com meu marido, mas agora, em vez de ir ao shopping, vou para a academia?'", sugere.
Martello ainda ressalta que é impossível desassociar a questão psicológica da financeira. "Uma coisa está ligada à outra. A pessoa precisa entender qual é a válvula de escape dela e criar um novo padrão neural, um novo hábito positivo para que, dessa vez, os objetivos realmente comecem a dar certo", conclui.
Fonte: Thiago Martello, educador financeiro e fundador da Martello EF.