Governo chinês investiga empresa que vendia vacinas falsas contra pólio e tétano
A empresa Changchun Changsheng é suspeita de ter alterado dados sobre fabricação de vacinas para crianças
Um escândalo envolvendo a indústria farmacêutica Changchun Changsheng, na China, sobre violação de vacinas no país deixou a população extremamente preocupada. A polêmica gira em torno de vacinas defeituosas que podem ter sido aplicadas em bebês com menos de três meses.
De acordo com o jornal The New York Times, a reclamação veio após uma investigação do governo, mostrando que e empresa farmacêutica "violou os padrões ao fazer pelo menos 250.000 doses de vacina contra difteria, tétano e coqueluche". A empresa recebeu uma multa de cerca de 282 mil dólares.
Não foi relatado nenhum caso de morte ou doenças relacionadas às vacinas abaixo do padrão. A notícia impactou a confiança da população no governo, além disso, arruinou os esforços do presidente da China, Xi Jinping, que tentava restaurar a fé na medicina produzida pelo país.
A China passa por um momento em que está tentando se tornar um dos principais produtores de produtos farmacêuticos. Depois de diversos escarcéus envolvendo drogas e alimentos contaminados, os moradores pediram ao governo que fizesse algo a respeito.
A Administração Chinesa de Medicamentos e Alimentos (CFDA), responsável pela autorização da comercialização de alimentos e medicamentos, já havia informado, depois de uma inspeção, a interrupção da produção de uma vacina contra a raiva produzida pela mesma empresa.
Foram detidos para interrogatório, cinco responsáveis da companhia farmacêutica. Além disso, todas as vacinas foram retiradas do mercado.
O governo chinês teme que o escândalo possa levar as famílias chinesas a desistirem da vacinação, mesmo que sejam requeridas por lei. Por isso, todas as crianças que receberam vacinas defeituosas deveriam ser levadas a um hospital para receber outra imunização.