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Pílula de insulina pode substituir injeção em alguns anos

O medicamento alternativo promete facilitar a vida dos portadores de diabetes e aliviar desconfortos

3 jul 2018 - 16h33
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Para controlar o nível de glicose no sangue, os portadores de diabetes tipo 1 recorrem às injeções diárias de insulina - o que pode gerar desconforto por conta da picada da agulha e efeitos colaterais ao longo dos anos. Mas uma nova descoberta, feita por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, promete melhorar a qualidade de vida dessas pessoas: trata-se de uma pílula de insulina.

O estudo para essa nova abordagem, publicado pela revista Proceedings of the National Academy Society (PNAS) consistiu em transportar insulina em um líquido iônico com colina e ácido gerânico. A mistura foi encapsulada em um material resistente ao ácido estomacal e injetada na garganta de seis ratos, que apresentaram uma rápida redução de açúcar no sangue.

"Uma vez ingerida, a insulina passa por diversos obstáculos antes de ser efetivamente absorvida pela corrente sanguínea. Nossa abordagem é como um canivete suíço, onde uma pílula tem ferramentas para lidar com cada um dos obstáculos encontrados", afirmou Samir Mitragotri, um dos autores do estudo e professor da Universidade de Harvard.

Segundo os especialistas, o medicamento é biocompatível, fácil de fabricar e pode ser armazenado por até dois meses em temperatura ambiente sem se degradar - a validade é maior em comparação às insulinas injetáveis disponíveis no mercado. Mas ainda há um longo caminho a percorrer antes da pílula de insulina ser comercializada: os próximos planos incluem novos testes em animais e, se tudo der certo, também em humanos.

O que é diabetes?

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes. Conheça 10 alimentos essenciais para controlar a doença clicando aqui.

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