Bianca Rinaldi: "Escrava Isaura representa a fé pura na vida"
A atriz Bianca Rinaldi, que está no ar na reprise do remake de "A Escrava Isaura", na Record, participou de live no perfil do Instagram do "Elas no Tapete Vermelho" e contou como tem passado a quarentena, quais os planos futuros e como lidou com o fato de ter feito apenas três sessões do musical "Silvio Santos Vem Aí", que estreou em março, mas foi interrompido por causa da pandemia. Foi sua estreia em musical. "O bom é que deu para sentir o retorno do público, que gostou muito", afirmou Bianca, que começou sua carreira como Paquita, a Xiquita Bibi, fez "Malhação" duas vezes,a primeira como professora de ginástica Úrsula, em 1997, e depois, em 2018, como a professora Leonor.
O currículo da atriz é extenso, passando pela Globo, Record e SBT, onde atuou em "Chiquititas",em 2001. Tanto na Globo quanto na Record, participou de várias novelas. Mas é como "A Escrava Isaura", no remake de 2004 da Record, que é ainda muito lembrada. No ar todas as tardes, das 15h16 às 16h02, a novela tem batido recordes de audiência. Na reta final, Leôncio (Leopoldo Pacheco) já foi assinado e agora espera-se saber quem o matou. Apesar de ser a quarta reprise, em cada uma delas até agora, o assassino é um personagem diferente.
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Sobre a personagem, Bianca diz que as pessoas a reconhecem na rua pela sua voz. "A história conta o sofrimento de nossa história e a personagem representa a fé mais pura na vida e na esperança. Vai ao encontro dos sentimentos do seres humanos", diz a atriz. Na live (veja link abaixo), Bianca fala da rotina durante a quarentena, sobre como é criar gêmeas e como é gravar em casa os episódios da engraçada websérie "Home Office", criada por Emilio Boechat e Marilia Toledo, também autores do musical em que a atriz vive Iris Abravanel. Veja resumo abaixo.
Gravações em casa
"Primeiro leio o episódio, aí eu vou escolher a parte da casa que combine com a cena. Fotografo e filmo e envio para aprovação deles. Depois a gente se reúne virtualmente para fazer a leitura do texto, umas três vezes. A leitura é gravada para lembrar do tom de cada colega na hora de gravar a cena, porque não temos ninguém do lado para dar a deixa. É mais trabalhoso, porque não tem contato físico. É um trabalho em equipe, mas fazemos de forma apenas virtual. Quando fazemos um projeto normal, tem um profissional em cada área. Aqui a gente vai fazer cada um de seu jeito. É legal, porque temos um pouco de prática no teatro, mas de forma diferente. Nos trabalhos dependemos muito de cada pessoa envolvida no processo, como iluminador, camareiro, por exemplo, são fundamentais. No 'Home Office', não temos essa oportunidade, temos que nos virar. Eu faço a Dora na série. Ela é sem filtro, apresentadora do programa 'Fique em Casa', na emissora que foi comprada por uma igreja evangélica. É ingenua, quer trabalhar, quer fazer sucesso. É blogueira, anima festa infantil."
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Escrava Isaura
"Durante as gravações, usava lente de contato marrom escuro, me adaptei muito rápido. Sempre digo que a história da Isaura é 'Galinha dos ovos de ouro", por causa de seu sucesso. Na primeira versão com Lucélia Santos, em 1976, eu tinha 2 anos. Trata-se de uma história que retrata o sofrimento de nossa história. Isaura tem uma delicadeza, uma fé mais pura na vida e na esperança. Vai ao encontro dos sentimentos dos seres humanos. As pessoas ainda me reconhecem pela voz, dizem que me viram que me conhecem de algum lugar, mas quando escutaram a voz,percebem que é da Isaura.".
Desafios
Aos ser questionada sobre os vários tipos de papéis que fez em sua carreira de 30 anos, afirmou que nunca teve nada de graça. Mesmo para ser aceita como Paquita, repetiu no primeiro teste. "Nunca tive nada de graça. A gente tem que se superar ou não. Pode se frustrar e lida com a frustração. Fiz muito teste, teste, teste. Desde o começo foi assim. Claro que não passei em todos, mesmo sendo chamada por amigos, porque outra pessoa se adaptou mais ao perfil daquele papel."
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Musical
"Eu já tinha feito uma peça infantil chamada "A Vida Intima de Laura", inspirada em um obra de Clarice Lispector, em que eu era uma galinha e cantava também. Mas uma obra totalmente costurada como musical nunca tinha feito. Me chamaram e fazia tempo que não fazia nenhum teste. É como ser colocada no açougue, fico encabulada, mas fui no espírito de aprender. Nunca tinha participado de uma audição, Tudo novo, estava vibrante. Eu canto, mas não sou cantora. Estou no meio de cantores atores. Precisei me preparar, entender, estudar. Não é meu lugar confortável, mas faço. Um dos momentos mais legais é o dueto entre Íris e Silvio (Velson D'Souza),em que cantamos "Como Uma Onda No Ar", de Lulu Santos
Frustração
"Apresentamos três sessões, apenas. Não sabíamos o potencial da pandemia, por que motivo tínhamos que parar, por quanto tempo. Achávamos que seria apenas um mês.Todo mundo ficou triste, mas feliz, porque tivemos o gostinho da plateia e deu para perceber que as pessoas gostaram muito do espetáculo, do começo ao fim. O musical é estruturado como um programa de auditório do Silvio, a plateia vivencia do começo ao fim, participa do muscal."
Corpo na quarentena
"Meu corpo tem memória da época que fazia ginástica olímpica. Nunca parei de praticar alguns exercícios como a parada de mão. Tendo espaço, eu faço. Mantenho meu corpo sempre ativo. A quarentena começou no do espetáculo e, em seguida, mudei do Rio para São Paulo. Foi uma correria para arrumar tudo, a casa, escola para as meninas. Agora eu voltei a fazer aulas de balé fit, com a professora com quem fazia no Rio. São exercícios muito funcionais. Se estou há três meses sem fazer nada, não posso sair por aí fazendo tudo enlouquecidamente.Tem que fazer o fortalecimento, senão é muito perigoso. Você não está no mesmo ritmo. Não é a mesma rotina, tudo mudou. No balé tem a parte da barra e a funcional. A barra é substituída por cadeira. Qualquer pessoa pode fazer."
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Meditação
"Há dois anos faço meditação transcendental, por 20 minutos, duas vezes por dia. O melhor é primeiro fazer um curso com um professor certificado, porque existem protocolos. Uma vez que aprende vai para a vida inteira. É um processo fácil. E há comprovação científica de mudanças que diminuem o estresse e a ansiedade. Independentemente de uma crença,pode ir para um lugar e fazer, a partir do momento que aprende o processo, pronto. Em 20 minutos, já tem resultado. Tem também a emergencial, de 10 minutos. Dá para colocar na rotina e gente consegue parar sim."
Filhas gêmeas
"Foram muitas mudanças para Beatriz e Sofia (11 anos). Para elas, é mais difícil ter compreensão de tudo. O amadurecimento é mais rápido e elas precisam compreender e seguir a máquina. Nessa hora, aprecio muito as conferências por vídeo, porque tem a oportunidade de falar com a as amigas do Rio, onde elas se alimentam muito. A escola nova não criou esse laço ainda. Com a mudança vieram os quartos separados, para poderem se sentir mais apropriadas, um cantinho novo, onde vão ser felizes. Afinal, elas me cobraram o fato de a tirarem dos amigos, da casa. Mudamos por opção para ficar perto da família. Meu marido (Eduardo Menga) tem três filhos do primeiro casamento e três netas. Minha mãe e irmã, meus primos também são de São Paulo. Assim, elas curtem os irmãos. Não vou ter mais filhos, porque se tiver um bebê agora, não vou conseguir curti-las mais. Quando nasceram, parei nove meses. Só depois voltei fazendo "Ribeirão do Tempo".
Paciência
"Uma dica para quem tem filhos gêmeos é ter paciência. É trabalho em dobro, não tem como ser diferente. Com paciência, jeitinho, consegue com dois, três. A mulher tem esse poder de conseguir lidar com os filhos. Sempre procurei dar atenção iguais às duas, desde a barriga. As duas tem os mesmos direitos."
Projetos: novelas e Youtube
"Quero fazer novelas de novo, independentemente da emissora. Vou onde eu tenho trabalho. Trabalhei em todas, SBT, Globo Record. E também pretendo voltar a fazer meu canal do Youtube. Tenho bastante material escrito pronto para gravar, mas enquanto as meninas não voltarem para a escola não dá, elas ficam muito comigo agora. Para gravar, preciso de silêncio.
Rotina de beleza
"Não estou fazendo nada, apenas passo filtro solar e lavo o rosto diariamente. Gosto de fazer máscara, limpeza de pele, ácido leve, porque uso muita maquiagem nos trabalhos, para tirar impurezas, mas agora não estou fazendo. Tenho um pouco de medo de fazer plástica. Assisti a série "Nip/Tuck", que mostra as cirurgias, Ficava vendo como faz uma lipo e falava que nunca ia fazer. Quem faz, tem muita coragem. Entre os precedimentos estéticos, gosto do Botox, porque retarda as marcas de expressão. Sou adepta, já fiz várias vezes."
Batom vermelho
"Gosto muito do batom vermelho, levanta a expressão. É só passar um batom vermelho, um rímel e uma pele e fica ótimo. Gosto do batom mate, que não tem brilho, é seco. Para esta live, passei o da Mac, que não borra. Passo lápis antes e depois o batom vermelho. Gosto da cor, porque combina comigo."
Fãs
"As fãs são meus alimentos, fazem carinho na alma e no ego. Me seguem desde quando eram pequenas e hoje já são casadas, formadas. Recebo convites de casamento. Assim que a pandemia acabar, vou voltar nas telinhas, no teatro. Voltarei com força. E devo fazer mais lives também, tenho feito poucas, preciso estar mais presente com meus fãs, que fazem parte da nossa vida."
Confira a live completa abaixo
Ver essa foto no InstagramConfira o bate-papo com a atriz @biancarinaldireal e @roespinossi. #live #biancarinaldi