Mariana Ximenes encabeça ação contra o termo "tomara que caia"
Na semana que antecede o Dia Internacional a Mulher, a atriz Mariana Ximenes divulga ação, em parceria com a Hering e com a revista Bazaar, para que a moda deixe de usar o termo "tomara que caia" e passe a usar "blusa sem alça". Dentro dos padrões femininos atuais, a ideia é abolir termos que remetem ao machismo e ao sexismo.
"Por que não abolir este termo tomara que caia? Por que tem de cair? Qual é intensão machista? Então, a partir de agora, vamos pensar em blusa sem alça", disse a atriz nas redes sociais da Bazaar. Mari Ximenes é capa da edição de março da revista. "Com maior orgulho, eu aceitei o convite para falar de respeito à mulher. A partir de agora, vamos pensar em todos esses termos machistas e sexistas", acrescentou a atriz na rede social da publicação.
Coincidência ou não, a atriz participou do evento em São Paulo, nesta terça-feira (3), com look monocromático vermelho, de gola alta e mangas longas. O oposto do termo conhecido como tomara que caia, modelo de decote que termina sobre os seios, e há anos em alta entre as tendências, seja para festas, dia a dia, e casamentos. É um dos mais procurados para vestidos de noiva.
Gilda
Quem disseminou o modelo tomara que caia (ou vestido sem alças) pelo mundo foi Rita Hayworth, em 1946, no filme "Gilda". O modelo de cetim preto valorizava suas curvas, com um laço lateral, acompanhado de luvas. Um dos momentos mais icônicos do cinema é quando a personagem faz striptease apenas das luvas, numa performance sensual, enquanto cantava "Put The Blame on Mame".
O vestido, criado pelo figurinista Jean Louis, foi inspirado no quadro "Madame X", de John Singer Sargent, de 1884, que retratou a também americana Virginie Amélie Avegno Gautreau, que vivia em Paris. O quadro causou polêmica, porque o vestido tinha duas alças, mas uma das quais estava caída sobre os braços da modelo. Para o filme, elas sequer apareceram. E o modelo nunca mais saiu de moda.