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Mulheres empreendedoras no Brasil fazem até chover

8 mar 2010 - 13h01
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Michelle Achkar

Majory Imai dirige empresa de chuva artificial
Majory Imai dirige empresa de chuva artificial
Foto: Divulgação

Quando se fala em micro e pequenas empresas no Brasil, as mulheres já são metade dos empresários principiantes: 6,3 milhões no total, segundo dados do GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Em uma década, o Brasil passou a ser um dos três países com maior índice de empreendedorismo feminino no mundo. Em números absolutos, o país só fica atrás da China e dos Estados Unidos, países bem mais populosos.

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Além do crescimento, as áreas de interesse têm se diversificado e algumas passam longe dos campos tradicionalmente tidos como femininos ou do empreendedorismo por oportunidade. É o caso da administradora Majory Imai, 41 anos, que junto com o irmão tem uma empresa que, literalmente, faz chover.

As empresárias brasileiras têm se destacado por abrir negócios em campos de mercado novos, principalmente em áreas ligadas à tecnologia, fazendo do Brasil o segundo país com maior proporção de mulheres à frente de empreendimentos precursores, perdendo apenas para a Hungria, onde são donas de dois terços das empresas nascentes. "Em negócios inovadores e com alta tecnologia agregada, elas começam a romper barreiras e a se destacar dentro de incubadoras de empresas e parques tecnológicos", disse Francilene Procópio Garcia, vice-presidente da Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

Segundo ela, o maior acesso à educação é um dos fatores que mais ajudam a desenvolver uma perspectiva otimista em terras brasileiras. Garcia também destaca a alteração de aspectos regulatórios, permitindo igualdade de condições no acesso ao topo de algumas carreiras.

De acordo com a senegalesa Mbarou Mbaye, coordenadora no continente africano do programa InfoDev, do Banco Mundial, para incentivar a presença das mulheres no empreendedorismo, as causas para a falta de maior participação delas são fatores como barreiras culturais e religiosas, sobrecarga de atividades, pouca organização e falta de acesso a crédito. "Muitas mulheres não conseguem obter financiamentos", afirmou.

Fonte: Especial para Terra
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