Dois filhos é ideal para não prejudicar a saúde
Patricia Zwipp
Ter filhos é o sonho de boa parte dos casais. Mas atenção: tê-los em excesso, em pouca quantidade ou simplesmente não ser pai ou mãe pode aumentar as chances de desenvolver doenças, como as cardíacas e câncer, e de morrer em um acidente de carro, por exemplo. O número ideal é dois, de acordo com pesquisadores britânicos e noruegueses.
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O estudo contou com dados de mais de 1,5 milhão de homens e mulheres noruegueses, nascidos entre 1935 e 1968. Famílias com quatro ou mais crianças apresentaram maior risco de câncer cervical às mulheres e, de mortes violentas e acidentes mortais, aos homens.
"Mais de quatro filhos pode ter efeitos negativos decorrentes do estresse, das desvantagens socioeconômicas e de estilo de vida", disse a cientista Emily Grundy, da London School of Hygiene & Tropical Medicine, ao jornal Daily Mail.
Quando não há filhos ou apenas um, a probabilidade de morrer por causa de quase todas as patologias e problemas analisados aumenta, incluindo abuso de ingestão de álcool. A incidência de acidentes e doenças circulatórias e do coração era maior nos participantes do sexo feminino, enquanto as enfermidades de pulmão e respiratórias, nos do sexo masculino. Uma das explicações possíveis é que talvez esse grupo não sinta uma necessidade tão grande de cuidar da saúde como as pessoas com famílias maiores.
Três crianças trouxeram uma mistura de boa e má saúde. Os pais que se saíram melhor foram os com dois pequenos. Acredita-se que o número possa fornecer o equilíbrio certo de estresse e suporte.
No entanto, ter muitos filhos resultou em benefícios às mulheres quando o assunto em questão é o câncer de mama. As alterações fisiológicas associadas à gravidez e a amamentação são as responsáveis pela vantagem.