Quem aguenta tanta festinha infantil?
Já começo essa crônica esclarecendo que eu sou do tipo festeira, mas gente, isso tem limites! E o ano mal engrenou depois da farra do carnaval! Volta e meia ainda encontro resquícios de confete e purpurina espalhados pela casa. E lá vem mais festa!
Quero até pedir desculpas para as outras mães do grupo de WhatsApp da classe da minha filha, mas tenho certeza que elas vão concordar comigo. Ninguém aguenta tanta festinha infantil!
Só no fim de semana passado, foram três: duas no sábado e uma no domingo! Por sorte, a minha pequena ainda é pequena demais para bater o pé e não faltar a nenhuma. A mãe aqui dá uma desculpa para a mãe de lá e seguimos em frente.
Sempre com aquela dúvida: será que se eu faltar à festa do coleguinha, vão faltar à da minha filha? Espero não estar causando nenhuma mágoa para as crianças…mas não há quem consiga passar invicta por 9 festinhas infantis, entre fevereiro e abril!
Já me avisaram que, com o passar dos anos, isso só piora. Afinal, as classes tendem a ser maiores e as crianças mais velhas não nos permitem pular o compromisso. Qual seria a solução? Uma festa coletiva e multitemática num estádio de futebol? Olha, lancei a ideia no grupo das mães e fez o maior sucesso. Mas, é claro que isso é só um sonho distante, que beira o impossível.
No fim das contas, ninguém abre mão de celebrar o aniversário de um filho com alguma exclusividade, nem que seja um simples bolinho com velas e um belo parabéns cantado pelos parentes e amigos. O problema é todo o resto que envolve a produção das festas de hoje em dia. Parece que virou obrigação preparar uma mega-mesa e um parque de diversões para entreter as crianças pelas exatas quatro horas de "evento". Gente! Menos firula e mais amor!
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