Relato de um susto - o perigo constante dos acidentes domésticos
Criança não devia se machucar nunca!
Nada de ruim deveria acontecer a crianças.
Mas quem sou eu pra entender os mistérios dessa vida?
Comigo não foi nada grave, graças ao Senhor, aos Anjos, Deuses e todos os Orixás!
Piruetas de bailarina com boas pitadas de sono não tinham como dar certo mesmo…
E assim, o supercílio da Iara foi certeiro na quina do rack.
Desculpem-me os papais, mas não tem como vencer velocidade de mãe nessas horas.
Eis a situação: Irmã mais velha ao lado da pequena, mãe e pai na cozinha. Quando ouvi um barulho de batida e o "ai" da mais velha, só sei que dei um mosh digno de astro do rock e em cinco segundos ela estava no meu colo.
Aí vem o momento mais temido: aquela afastadinha pra ver o tamanho do estrago.
Meu coração quase sai pela boca quando vejo sangue, mas mantenho a calma e peço um paninho úmido para limpá-lo e visualizar o corte. O sangue parou, ufa! Corte pequeno e superficial. Decisão seguinte: levar ou não imediatamente para o hospital? Decidimos pelo gelo (20 minutos evitou o inchaço), higienização, curativo e ponto falso (pois o corte foi bem pequeno mesmo). Resultado: processo de cicatrização perfeitamente em andamento (como mostra a foto de capa).
É óbvio que essa decisão foi tomada porque eu e o pai da Iara sabíamos da não gravidade do machucado, sem contar que ambos somos pais de segunda viagem (cada um com uma experiência diferente) e o pai da Iara tem bastante experiência com primeiros socorros (esse foi o ponto mais importante dessa decisão). Seguimos monitorando o sono noite adentro, tudo na normalidade (antes da batida ela já estava com muito sono). Cogitamos levar ao hospital quando ela acordasse, mas o curativo teve um desempenho muito bom. Final feliz.
A Iara já tem idade pra reconhecer perigos, então ela passou a tomar mais cuidado perto desse tipo de móvel desde então <3
Bom, o meu caso teve um final feliz, mas os números dos acidentes domésticos não são nada felizes… Na última análise do Datasus, entre 2014 e 2015, mais de 122 mil crianças foram hospitalizadas em decorrência de acidentes domésticos, e dessas, as principais causas são: quedas (47%), queimaduras (16%) e mordidas de animais (12%). Acidentes relacionados a fenômenos da natureza, queda de objetos, explosões, contato com ferramentas e objetos cortantes, entre outros, representam 21% das hospitalizações, ou seja: em criança tem que ter um olho no peixe, outro no gato e outro mais atento no bebê!
Vale rever esse texto com dicas infalíveis sobre segurança de bebês na casa.
MAIS SOBRE PREVENÇÃO
Segundo a Ong Safe Kids Worldwide, esse tipo de acidente pode ser evitado com medidas como conscientização e educação da sociedade para a prevenção e, principalmente, a adaptação dos ambientes onde os pequenos vivem. Vale sempre lembrar que crianças muito pequenas não têm noção do perigo, por isso é muito importante supervisioná-las e adequar todos os ambientes (o rack em questão não possuía proteção de quina, por exemplo).
Que os Anjos Maiores protejam nossos Pequenos Anjinhos!
Até a próxima!