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Relato de um susto - o perigo constante dos acidentes domésticos

28 fev 2018 - 11h26
(atualizado em 8/3/2018 às 16h21)
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Foto: Mãe com Prosa

Criança não devia se machucar nunca!

Nada de ruim deveria acontecer a crianças.

Mas quem sou eu pra entender os mistérios dessa vida?

Comigo não foi nada grave, graças ao Senhor, aos Anjos, Deuses e todos os Orixás!

Piruetas de bailarina com boas pitadas de sono não tinham como dar certo mesmo…

E assim, o supercílio da Iara foi certeiro na quina do rack.

Desculpem-me os papais, mas não tem como vencer velocidade de mãe nessas horas.

Eis a situação: Irmã mais velha ao lado da pequena, mãe e pai na cozinha. Quando ouvi um barulho de batida e o "ai" da mais velha, só sei que dei um mosh digno de astro do rock e em cinco segundos ela estava no meu colo.

Aí vem o momento mais temido: aquela afastadinha pra ver o tamanho do estrago.

Meu coração quase sai pela boca quando vejo sangue, mas mantenho a calma e peço um paninho úmido para limpá-lo e visualizar o corte. O sangue parou, ufa! Corte pequeno e superficial. Decisão seguinte: levar ou não imediatamente para o hospital? Decidimos pelo gelo (20 minutos evitou o inchaço), higienização, curativo e ponto falso (pois o corte foi bem pequeno mesmo). Resultado: processo de cicatrização perfeitamente em andamento (como mostra a foto de capa).

É óbvio que essa decisão foi tomada porque eu e o pai da Iara sabíamos da não gravidade do machucado, sem contar que ambos somos pais de segunda viagem (cada um com uma experiência diferente) e o pai da Iara tem bastante experiência com primeiros socorros (esse foi o ponto mais importante dessa decisão). Seguimos monitorando o sono noite adentro, tudo na normalidade (antes da batida ela já estava com muito sono). Cogitamos levar ao hospital quando ela acordasse, mas o curativo teve um desempenho muito bom. Final feliz.

A Iara já tem idade pra reconhecer perigos, então ela passou a tomar mais cuidado perto desse tipo de móvel desde então <3

Bom, o meu caso teve um final feliz, mas os números dos acidentes domésticos não são nada felizes… Na última análise do Datasus, entre 2014 e 2015, mais de 122 mil crianças foram hospitalizadas em decorrência de acidentes domésticos, e dessas, as principais causas são: quedas (47%), queimaduras (16%) e mordidas de animais (12%). Acidentes relacionados a fenômenos da natureza, queda de objetos, explosões, contato com ferramentas e objetos cortantes, entre outros, representam 21% das hospitalizações, ou seja: em criança tem que ter um olho no peixe, outro no gato e outro mais atento no bebê!

Vale rever esse texto com dicas infalíveis sobre segurança de bebês na casa.

MAIS SOBRE PREVENÇÃO

Segundo a Ong Safe Kids Worldwide, esse tipo de acidente pode ser evitado com medidas como conscientização e educação da sociedade para a prevenção e, principalmente, a adaptação dos ambientes onde os pequenos vivem. Vale sempre lembrar que crianças muito pequenas não têm noção do perigo, por isso é muito importante supervisioná-las e adequar todos os ambientes (o rack em questão não possuía proteção de quina, por exemplo).

Que os Anjos Maiores protejam nossos Pequenos Anjinhos!

Até a próxima!

Mãe com Prosa
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