Melhor restaurante do mundo quer investir no Japão
René Redzepi, chefe-proprietário do Noma, da Dinamarca, pretende abrir unidade no país asiático no futuro
Conquistando o título de melhor restaurante do mundo pela quarta vez na última segunda-feira (28), o Noma, situado em Copenhagen, capital da Dinamarca, já tem planos para o futuro. Em entrevista coletiva realizada logo após a cerimônia dos 50 melhores restaurantes do planeta, em Londres, o chef René Redzepi afirmou que pretende expandir os negócios para o Japão.
"Temos um time ótimo e homogêneo, trocando experiências de vida e sendo felizes. Tenho um plano com o restaurante. Em três, cinco anos, queremos estar no Japão. Japão é muito importante e queremos estar lá", disse o chef-proprietário do Noma, especializado na culinária nórdica.
Na ocasião, o grande vencedor deste ano aproveitou ainda para comentar o fato de como integrar a lista dos 50 melhores do mundo mudou seu país.
"Receber o prêmio mudou nossa região. Se você voltar no tempo, há oito anos, tudo mudou na Escandinávia. Há tantos restaurantes lá fora. Nós realmente fazemos o mesmo que sempre fizemos desde que abrimos. É inacreditável”, disse ele. "Realmente trabalhamos duro. Brincamos quando ouvimos o vigésimo colocado. Comentamos entre nós: ‘ainda estamos entre os 20’. É a cereja extra no bolo. É a maior surpresa que já tive".
Relembrando edições passadas da premiação, René admitiu ter inseguranças desde a primeira vez que recebeu o troféu.
“Em 2010 éramos um restaurante mundial pequeno. Tinha dúvidas, não sabia o que dizer [no meu discurso]. Pensava que eles eram tão melhores, estávamos trilhando nosso caminho de sucesso. Podíamos sentir isso. Não tinha a coragem pra ler o discurso que finalmente li hoje, 4 anos depois. São sete anos celebrando toda essa experiência".
Questionado durante a coletiva sobre o que mudou do status de segundo para primeiro colocado em 2014, René Redzepi adicionou: “Mais troféus na prateleira. Honestamente, não esperávamos esse prêmio. Estamos muito surpresos. Já tínhamos planos para o próximo ano, talvez seja mais fácil de executá-los agora”, concluiu.