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Mulheres Positivas: o exemplo da empreendedora Joana Rosa

Empreendedora cria coragem e fecha o seu negócio que por anos rendeu milhões

1 out 2018 - 18h15
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Foto: Acervo Istick

Joana Rosa é um exemplo a ser seguido. Inteligente, arrojada e trabalhadora, fundou uma das empresas mais bem sucedidas do ramo criativo, a Istick. Surfou uma onda promissora do ponto de vista econômico, mas tomou uma decisão corajosa: fechar a sua empresa devido ao momento que o País passa. O Mulheres Positivas apoia e quer a cada dia mostrar mais trajetórias de luta e coragem, pois são pessoas assim que movimentam a economia do nosso País. Queremos tambem mostrar o LADO B do empreendedor, a realidade que 9 em cada 10 empreendedores enfrentam.

Confiram abaixo a entrevista!

Como começou a sua carreira?

Em 2004 me formei em publicidade e psicologia e comecei a minha carreira em agência de publicidade nos EUA. Amava o ritmo acelerado e o dinamismo de um trabalho em agência e não imaginava que poucos anos depois, sairia desse ramo para abrir a minha própria empresa. No inicio de 2006 voltei para o Brasil com o objetivo de ficar apenas 6 meses antes de embarcar novamente para os EUA, onde faria minha pós em planejamento estratégico. Chegando aqui comecei a trabalhar na área de planejamento e novos negócios de uma grande agência e foi aí que minha carreira tomou um novo rumo. Mergulhei no mundo de tendências dos mais diferentes segmentos e me apaixonei por um produto novo, que começava a despontar na Europa - os adesivos de parede. Vi nesse pedacinho de vinil auto-adesivo uma forma de transformar espaços com facilidade e fazer a vida das pessoas mais colorida e divertida. Nossa casa mexe muito com o nosso humor, vaidade e bem-estar e queria fazer parte deste movimento de incentivar as pessoas a transformarem seus espaços de forma rápida, prática e muito criativa. O plano de voltar para a pós nos EUA permaneceu, mas já estava decidida que ao terminar, retornaria ao Brasil e abriria a I-Stick.

Foto: Acervo Istick

Conte-nos um pouco mais sobre a Istick.

Foram 12 anos de I-Stick. Trouxemos os adesivos de parede para o Brasil e também não imaginávamos que tantas outras idéias surgiriam desse produto!

Logo vieram os skins para celular e era difícil entrar em uma sala de aula ou barzinho sem se deparar com dezenas de adesivos estampando os mais variados blackberries e iPhones! Na sequência vieram os móveis modulares nas formas mais inusitadas, papéis de parede que imitavam revestimentos, luminárias facetadas e por aí vai. Ao todo lançávamos 400 produtos por ano, divididos em coleções que seguiam as estações do ano e datas comemorativas. O objetivo era poder transformar a casa constantemente, fazendo ela refletir aquele momento específico de nossas vidas! A I-Stick teve 20 quiosques nas principais cidades do pais, 4 lojas conceito e mais de 200 pontos de venda multimarcas. Também fazíamos private label dos adesivos de parede para grandes home centers do país, campanhas sazonais com a Westwing e Privalia e dezenas de parcerias com marcas incríveis como Disney, Chiclets, Farm, Daslu, Mini Cooper, entre outras.

Foto: Acervo Istick

Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

Decidir fechar a empresa foi definitivamente o momento mais difícil da minha carreira. Foram tantos anos bons, mas também tivemos vários outros ruins, que acabaram comprometendo totalmente a viabilidade da operação. Ser empresário no Brasil, no meio da maior crise econômica já registrada é tarefa árdua, mas como todo empresário que ama o seu negócio, você acha maneiras de se auto-motivar, continuar correndo atrás dos seus sonhos com garra e resiliência. Desistir de um projeto tão importante é mil vezes mais difícil do que continuar tentando, mas em alguns casos é um mal absolutamente necessário e foi o que aconteceu conosco.

Mesmo trabalhando você ainda tem tempo de estar sempre bonita e saudável, como consegue encaixar na rotina corrida?

Sabe aquela frase “quanto mais coisas a gente faz, mais tempo tem para fazê- las?” Acredito piamente nela! Além das metas profissionais, também temos que traçar objetivos pessoais e correr incansavelmente atrás deles!

Foto: Acervo Istick

Qual o seu maior sonho?

Sou movida a sonhos e já realizei muitos deles! Ter morado fora do Brasil por 9 anos foi um grande sonho, ter aberto minha empresa e construído um novo segmento de decoração no Brasil também, ser mãe de um menino que me ensina tantas lições todos os dias, ter uma família unida, feliz e com saúde, ter corrido minha primeira meia-maratona este ano... Diria então que meu maior sonho é não perder jamais essa vontade incansável de correr atrás daquilo que quero e acredito, pois ainda tenho milhares de sonhos para realizar!

Foto: Acervo Istick

Qual a sua maior conquista?

O sentimento que tinha quando ia para as minhas lojas e escutava um amigo “vendendo” o conceito dos nossos produtos para o outro me enchia de orgulho. Minha maior conquista é ter tido um impacto positivo na vida das pessoas, é ter mexido com a criatividade e com a vaidade delas! Recebíamos tantas fotos de cômodos transformados e pessoas felizes com seus novos arredores. Ganhava meu dia!

Livro e mulher que admira.

Livro - Fora de Série, do Malcolm Gladwell. Ele faz uma investigação surpreendente sobre as raízes do sucesso. Vale a leitura! Mulher que admiro – sei que deve ser um clichê, mas a mulher que mais admiro no mundo é a minha mãe. Alto-astral, espiritualizada, incansável, forte, batalhadora, otimista, energética e esportiva são apenas o começo de suas qualidades. Ela é meu ponto de referencia e espero um dia ser para o meu filho a pessoa que ela é para mim.

Foto: Acervo Istick

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