Mulheres são emotivas, homens são racionais: conheça os equívocos dos mitos de gênero
Ideias preconcebidas e engessadas sobre comportamentos feminino e masculino podem prejudicar as mulheres no ambiente profissional As mulheres são guiadas pelo coração, enquanto o que prevalece nos homens é a voz da razão. Apesar de imprecisos e limitadores, os chamados estereótipos de gênero, ou mitos de gênero, persistem na sociedade: para muita gente, ainda vale […]
Ideias preconcebidas e engessadas sobre comportamentos feminino e masculino podem prejudicar as mulheres no ambiente profissional
As mulheres são guiadas pelo coração, enquanto o que prevalece nos homens é a voz da razão. Apesar de imprecisos e limitadores, os chamados estereótipos de gênero, ou mitos de gênero, persistem na sociedade: para muita gente, ainda vale a teoria que o sexo feminino toma decisões emocionais, enquanto o masculino faz escolhas puramente racionais.
"São condicionamentos que podem começar na infância", destaca a psicóloga Ana Clara Cava. "Há exceções, mas, em muitos ambientes familiares e sociais, os homens ainda aprendem desde cedo que devem ser corajosos, ágeis, assertivos e independentes, ao passo que as mulheres são estimuladas a expressar carinho, gentileza, sensibilidade e capacidade de compreensão". Quando isso não acontece, os dois sexos podem ser censurados ou até hostilizados.
Não há, porém, uma base científica que acolha essas diferenças entre os sexos no campo da anatomia cerebral e das funções mentais. Em "Gêneros e os nossos cérebros" (Rocco), livro lançado em 2021, a autora britânica Gina Rippon, que é neurocientista, reforça que os estudos na área não associam características fisiológicas a padrões de comportamento. Em outras palavras: o cérebro feminino não é mais intuitivo ou amoroso do que o masculino. Da mesma forma, o cérebro masculino também não é mais inteligente ou destemido do que o feminino.
Mundo corporativo
"Isso nos leva a endossar que os estereótipos de gênero são moldados socialmente, contando com influências culturais e ambientais", sugere Ana Clara Cava. "E isso é um problema, uma vez que induz a expectativas que podem trazer prejuízos em diferentes momentos da vida".
Um dos ambientes mais suscetíveis a esses estereótipos é o corporativo. "Apesar dos avanços para romper esses estereótipos, algumas empresas ainda relacionam o perfil de liderança a predefinições masculinas. Essas organizações entendem que os homens, naturalmente mais agressivos e ambiciosos, devem ocupar espaços de comando, relegando a mulheres funções colaborativas e de suporte", analisa a psicóloga. "Daí, a importância de incentivar debates sobre essa questão para que os gêneros não determinem desempenhos e oportunidades, sobretudo para mulheres".
No Brasil, profissionais do sexo feminino ocupam somente 39% dos cargos de liderança e ganham, em média, metade do salário dos homens. Os dados fazem parte de um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado em 2024.
Na contramão dos estereótipos
"O enigma da casa de bonecas", e-book recém-lançado pela editora AstralBooks, é um romance que tem como protagonista uma mulher avessa aos estereótipos de gênero. Proprietária de uma grande vinícola fincada no sul do Brasil, Emily é uma empresária confiante, autossuficiente e arrojada.
Porém, quando sua irmã caçula morre, ela precisa pausar sua rotina de executiva para reorganizar a família e assimilar essa partida prematura. Enquanto vive o luto, a protagonista começa a receber estranhas mensagens de uma casa de bonecas, um brinquedo que pertenceu às irmãs na infância.
O e-book, de autoria de Fernanda Villas Bôas, está disponível na Amazon e demais livrarias on-line.
Sobre o livro:
"O enigma da casa de bonecas"
Autora: Fernanda Villas Bôas
Editora: AstralBooks
Páginas: 337
Preço: R$ 3,90