Neurocientista descobre que música pode nos ajudar quando estamos tristes
Segundo o neurocientista Daniel Levitin, o cérebro é capaz de produzir opioides naturais que atuam como analgésicos e ajudam a reduzir a percepção de dor
Quem nunca botou uma música mais triste da Taylor Swift ou da Marília Mendonça para tocar enquanto chorava com uma decepção da vida? Ou escutou a trilha sonora predileta enquanto tomava banho e refletia sobre certos acontecimentos? E claro, quando adolescente, achava que o mundo estava desmoronando e não regou o momento na janela, vendo o trânsito, enquanto ouvia Avril Lavigne ou Pitty no fone? Seja qual for sua canção predileta para esses momentos, um estudo comprovou que a música pode nos ajudar em momentos de profunda tristeza. Leia abaixo para entender:
Opioides endógenos
Segundo o neurocientista Daniel Levitin, o cérebro é capaz de produzir opioides naturais, e esses são conhecidos como opioides endógenos. A função deles, basicamente, é atuar como analgésicos e ajudar a reduzir a percepção de dor e, assim, proporcionar sensação de bem-estar. E você pode estar pensando onde entra a música? Neste caso, quando escutamos uma canção que gostamos, o cérebro atua oferecendo uma espécie de remédio, aliviando emocionalmente e fisicamente as dores.
Qual o gênero de música é o mais indicado?
Quando se trata de gênero que faça esta função ser melhor, não há. O importante é escutar uma música que você goste bastante e que te faça sentir coisas especiais. E tudo depende do que vai te animar naquele dia, pode ser que seja uma batida bem animada para ignorar o que está em volta, ou não, em outro momento, pode ser que precise de uma melodia bem tranquila para escutar seus pensamentos.
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Você sente arrepios ao ouvir certas músicas? Entenda porque
Já viveu a experiência de ter arrepios ao ouvir certas músicas? Se sim, você faz parte de cerca da metade da população mundial que tem o chamado orgasmo na pele. Segundo os cientistas de Harvard, o cérebro das pessoas é o responsável pelos arrepios. Primeiramente, para chegar à esta conclusão, pediram para vinte pessoas escutarem suas respectivas cinco músicas prediletas. E quando assim faziam, o cérebro de quem se arrepiava tinha mais fibras nervosas saindo do córtex auditivo e se ligando ao córtex insular anterior e o córtex pré-frontal, responsáveis por processar sentimentos e emoções.
Ademais, os estudiosos também notaram que o efeito das músicas atingiam os batimentos cardíacos e o suor na pele, sendo que os que tinham os arrepios respondiam de forma mais intensa. Ou seja, a conectividade extra desses cérebros intensifica a experiência sensorial causada pelas canções.
Até então, não sabia se isso acontece porque as pessoas já nascem mais sensíveis ou se desenvolveram essas emoções ao longo da vida. Há outros estudos que afirmam que o arrepio musical aparece de acordo com a expectativa e surpresa do ouvinte. Ou seja, se a canção surpreende e não segue os acordes que a pessoa previu que iriam aparecer, ou fica realizada ao notar que seu desejo se cumpre. e veja a matéria completa.