Nutróloga explica como se alimentar pós-cirurgia bariátrica
Lembre-se de que esse procedimento requer uma série de cuidados
A cirurgia bariátrica é recomendada para quem convive com obesidade mórbida, ou seja, trata-se da redução de estômago. Dessa maneira, todo cuidado é necessário para que o procedimento ocorra bem e assim a médica especializada em nutrologia Dra. Renata Domingues vai orientar a nutrição ideal pós-cirurgia bariátrica.
A nutrição ideal pós-cirurgia bariátrica
Fase líquida (1 a 2 semanas)
Consumo de líquidos claros, como água, caldos, chás, sucos diluídos e gelatinas sem açúcar. Esta fase ajuda a evitar a desidratação e permite a cicatrização inicial do trato gastrointestinal.
Fase pastosa (2 a 4 semanas)
Introdução de alimentos pastosos, como purês de legumes, sopas cremosas e iogurtes sem pedaços. É crucial mastigar bem e comer lentamente para evitar desconfortos.
Fase semissólida (4 a 6 semanas)
Alimentos semissólidos, como ovos mexidos, queijos moles, frutas amassadas e peixes macios, são introduzidos gradualmente.
Fase sólida (6 semanas em diante)
Retorno gradual a alimentos sólidos, priorizando proteínas magras, como peixe e frango, vegetais cozidos, frutas e grãos integrais.
A chance de aumento de peso existe
Se não seguirem corretamente as orientações médicas e nutricionais, há essa possibilidade. Estudos mostram que cerca de 20% a 30% dos pacientes podem recuperar parte do peso perdido dentro de 10 anos depois da cirurgia.
Diferença entre homens e mulheres
"Mulheres e homens podem responder de maneira diferente à cirurgia bariátrica e à nutrição pós-operatória devido a diferenças hormonais, composição corporal e necessidades nutricionais específicas. Por exemplo, mulheres podem necessitar de maior suplementação de ferro e cálcio, especialmente se estiverem em idade fértil", pontuou Renata.
Reposição hormonal
"A reposição hormonal pode ter efeitos diferentes no peso corporal. Em alguns casos, pode ajudar na perda de peso ao melhorar o metabolismo e a composição corporal, especialmente em mulheres na menopausa ou em homens com baixos níveis de testosterona", concluiu a Dra. Renata Domingues.