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O cérebro e suas habilidades: você sabe quais são?

Você sabia que, ao contrário do que se acreditava, estudos comprovam que neurônios podem continuar se regenerando? Durante muitos anos, a ciência acreditou que os neurônios, que geram sinais elétricos no cérebro, não poderiam se regenerar. Ou seja, nascemos com uma determinada quantidade de neurônios, que perdemos ao longo da vida. Além disso, as pessoas […]

19 out 2024 - 10h05
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Você sabia que, ao contrário do que se acreditava, estudos comprovam que neurônios podem continuar se regenerando?

Durante muitos anos, a ciência acreditou que os neurônios, que geram sinais elétricos no cérebro, não poderiam se regenerar. Ou seja, nascemos com uma determinada quantidade de neurônios, que perdemos ao longo da vida. Além disso, as pessoas com hábitos de vida que envolvem uso excessivo de álcool, cigarro e drogas costumam matar essas células mais rápido.

Foto: Pixabay
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Foto: Revista Malu

Na verdade…

No entanto, estudos têm demonstrado que não é bem assim! Publicado na revista Nature Medicine, o estudo Adult hippocampal neurogenesis is abundant in neurologically healthy subjects and drops sharply in patients with Alzheimer's disease, de 2019, aponta que essas células, tão essenciais de nosso corpo, podem, sim, nascer novamente.

Os cientistas analisaram o hipocampo (área do cérebro responsável por armazenar memórias e algumas emoções) de pessoas que já tinham falecido. Ao todo, foram observados 58 cérebros de pessoas cuja idade variou entre 43 e 97 anos. A conclusão foi a de que existiam neurônios novos - em fase de desenvolvimento - em grande parte deles. Em entrevista à BBC, uma das pesquisadoras, Maria Llorens-Martin, comemorou a descoberta. "Acredito que geramos novos neurônios conforme precisamos aprender coisas novas. E isso ocorre a cada segundo de nossas vidas."

Um outro exemplo, é uma pesquisa realizada pela Universidade de Madrid, na Espanha, que mostrou que as células cerebrais continuam a se reproduzir até os 97 anos de idade. 

Neurogênese

Iron Dangoni Filho, neurologista do Instituto de Neurologia de Goiânia, nos explica que essas pesquisas se referem à área da neurogênese. Que estuda a produção de novos neurônios ao longo da vida. "Tem muita coisa sendo estudada em relação a isso. Também em relação à neuroplasticidade, que é a capacidade de formarmos conexões entre os neurônios. Na infância, isso acontece com uma frequência muito elevada. Tanto é que a gente vê crianças com lesões cerebrais que, com a neuroplasticidade e neurogênese, conseguem ter uma vida normal."

Cérebro adaptativo!

Além disso, segundo o especialista, nosso cérebro também tem a capacidade de tomar a função de outros lugares, como regiões que já foram lesadas e, por uma adaptação cerebral, essas partes conseguem realizar a função anteriormente machucada. "Outra coisa que o estudo da Espanha traz é que, no Alzheimer, há uma perda muito importante de neurônios ao longo dos anos e que são notados neurônios novos produzidos ao longo da vida. Por isso, é tão importante a ideia de estímulos cognitivos e aumentarmos muito a reserva cognitiva", destaca.

Esperança em dia!

Pesquisas como essas dão um sabor especial àqueles que sofrem com as consequências de lesões que comprometem o sistema nervoso, no entanto, o neurologista Iron Dangoni sugere pé no chão!

"Pensando em neurogênese, acho que a ideia que esse estudo traz de esperança está relacionada a doenças que podem ser impactadas por lesões fixas, por exemplo, um traumatismo craniano, uma lesão cerebral por uma pancada, por um machucado, uma gliose, que é a cicatriz cerebral. Já pensando em doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson, entre outras, ainda há muito a entender sobre elas, porque a gente ainda não consegue interromper o processo de neurodegeneração. Então, descobrir e conseguir aumentar a produção de neurônios não impede a evolução da doença até o momento", ressalta.

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