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O que é leishmaniose? Entenda isto, como prevenir e tratar

Descubra o que é a leishmaniose e como ela é transmitida para cães, gatos e até mesmo seres humanos!

23 nov 2024 - 05h00
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Resumo
A leishmaniose é uma doença infecciosa transmitida por insetos e pode ser dividida em três grupos: Cutânea, Tegumentar e Visceral, com sintomas variados e formas de transmissão distintas.
Mulher doente assoar o nariz
Mulher doente assoar o nariz
Foto: PIKSEL/iStock

A leishmaniose é uma doença não muito conhecida, mas que afeta pelo menos 300 mil pessoas anualmente no Brasil, segundo dados do Painel Epidemiológico do Ministério da Saúde. 

Entenda o que é a doença, como se contrai, se é contagiosa, os sintomas, quais cuidados necessários para prevenir o contágio e todos outros detalhes no artigo abaixo.

O que é leishmaniose?

Leishmanioses são um conjunto de doenças infecciosas causadas pelo protozoário do gênero Leishmania. Ela pode ser dividida em três grupos: Cutânea, Tegumentar e Visceral, cada uma com consequências diferentes, mas transmitidas de forma similar, pelo mesmo agente.

Sintomas da leishmaniose

Os sintomas dessa doença dependem do tipo. A variante mais comum é a leishmaniose tegumentar, que causa lesões na pele e na mucosa do nariz e boca. 

Nesse caso, os sintomas são: 

  • Entupimento 
  • Sangramento
  • Coriza
  • Feridas
  • Aparecimento de crostas

Na garganta:

  • Tosse
  • Rouquidão
  • Dor ao engolir

Na Pele:

  • Úlceras

No caso da leishmaniose visceral, os sintomas são:

  • Febre de longa duração
  • Aumento do fígado e baço
  • Perda de peso
  • Fraqueza
  • Redução da força muscular
  • Anemia

Como é realizado o diagnóstico de leishmaniose?

A Leishmaniose Tegumentar é diagnosticada por métodos parasitológicos, também conhecidos como exames de fezes. Esse tipo de exame é necessário porque sífilis, hanseníase e tuberculose podem apresentar sintomas similares à leishmaniose tegumentar, portanto, o diagnóstico preciso demanda exames extras.

Esses testes também ajudam na identificação epidemiológica e informam qual a espécie do protozoário foi responsável pela infecção, esse tipo de dado pode ajudar os órgãos competentes a traçarem estratégias de controle.

Já a Leishmaniose Visceral pode ser detectada de forma parasitológica, mas também com exames antígenos, por exemplo. Há o teste de Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e o teste rápido imunocromatográfico e ambos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Como é o tratamento da leishmaniose?

Nas duas variações da doença, o ideal é sempre iniciar o tratamento o mais rápido possível. Para a Leishmaniose Tegumentar, o tratamento é feito com medicamentos específicos, repouso e boa alimentação. 

No caso da variação cutânea, a Crioterapia, ou seja, aplicação de baixa temperatura no local das lesões, é recomendado em casos onde o paciente apresenta menos de cinco lesões na pele. Remédios como antimoniato de meglumina ou paromomicina são utilizados no tratamento das feridas da leishmaniose na pele. 

Injeções de pentamidina ou antimoniato de metilglucamina no músculo, ou de forma intravenosa, são usadas no tratamento da leishmaniose cutânea e visceral, essa última ainda pode ser tratada com antibióticos também aplicados na veia.

Leishmaniose tem cura?

Sim, é possível se curar da leishmaniose, mas o recomendado é que o tratamento se inicie logo após o diagnóstico, especialmente em casos de Leishmaniose Visceral, onde de acordo com o Ministério da Saúde, pode levar a óbito em até 90% dos casos onde não é tratada.

Como a leishmaniose é transmitida?

Independente do tipo, a leishmaniose é transmitida por insetos caracterizados pela cor amarelada. Chamado de mosquito-palha, tatuquira ou birigui, dependendo da região, a picada do mosquito fêmea infectado transmite o protozoário para o ser humano. O período de incubação da doença pode variar entre 2 meses ou até 2 anos, mas, em geral leva de 2 a 3 meses.

No caso da leishmaniose visceral, ela pode ser transmitida também quando fêmeas infectadas picam cães, gatos, ou outros animais infectados, e depois picam o ser humano. Os cães, inclusive, são considerados os principais hospedeiros da leishmaniose visceral em ambiente urbano, mas falaremos disso mais tarde.

Como se prevenir da leishmaniose?

A prevenção da leishmaniose consiste em basicamente:

  • Usar repelente de insetos
  • Aplicação de mosquiteiros ou telas em camas, janelas e portas
  • Podar árvores para evitar ambientes sombreados
  • Evitar exposição à noite, horário em que o vetor pode ser encontrado
  • Limpeza de quintais para evitar matéria orgânica em decomposição
  • Destino adequado de lixo orgânico
  • Limpeza de abrigos de animais domésticos
  • Uso de inseticida

Leishmaniose em animais, como detectar e tratar

Além de mosquitos e seres humanos, a leishmaniose também pode afetar animais, principalmente cães e gatos. O método de transmissão e o protozoário é o mesmo que infecta os seres humanos.

Animais silvestres como cavalos, tamanduás, preguiças e raposas, por exemplo, podem servir de hospedeiros da leishmaniose.

No caso da leishmaniose canina, os principais sintomas são:

  • Emagrecimento
  • Lesões na pele (face e orelhas)
  • Crescimento exagerado das unhas
  • Febre
  • Perda de apetite

Conforme a doença avança pelo animal, sua imunidade é prejudicada, portanto, fica suscetível a outras doenças. 

Existe cura para a leishmaniose canina?

Sim, existe. Até pouco tempo, o acesso ao tratamento era negado, pois se acreditava que iriam ter efeito contrário e deixar o protozoário ainda mais forte. Por consequência, era quase lei que um animal com o quadro diagnosticado terminasse sacrificado.

Atualmente, os pets já podem ser medicados com miltefosina, mas o tratamento não elimina a doença e apenas faz com que o cachorro não transmita mais a doença.

A vacinação canina é uma grande aliada da preservação da vida dos animais, já que previne o desenvolvimento da doença e a manifestação de sintomas, mas não previnem o contágio do protozoário.

Leishmaniose felina

Assim como os cães, os gatos podem ser infectados e contraem essa doença. Na maioria dos casos, esses animais são assintomáticos, e só costumam apresentar sintomas caso tenham o sistema imunológico comprometido (FIV/FeLV, geralmente) ou apresentem doenças crônicas, ou degenerativas.

Assim como nos cães e seres humanos, os sintomas são úlceras, nódulos, lesões na pele e anemia. No caso dos felinos, ainda não há vacinação, mas o uso de remédios como alopurinol e antimônio são usados para recuperar os bichanos.

Como evitar a leishmaniose em cães e gatos?

  • Usar inseticidas repelentes
  • Vacinação (no caso de cães)
  • Controlar animais com suspeita da doença
  • Manter o ambiente de moradia do animal limpo
  • Erradicar a vegetação ao redor das residências

A leishmaniose é transmitida do pet para o ser humano diretamente?

Apesar de serem hospedeiros, a transmissão da leishmaniose de um animal para o ser humano não se dá de forma direta. É necessário um mosquito contrair o protozoário para então transmitir para o ser humano. 

Agora que você já está informado sobre a leishmaniose, siga acompanhando mais materiais informativos sobre saúde, moda, beleza, e outros temas na editoria Terra Você!

Fonte: Redação Terra
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