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Olho seco? Entenda porque os seus olhos ardem no inverno

Estação pode piorar os sintomas da síndrome do olho seco, que provoca o ressecamento da superfície ocular

4 ago 2024 - 11h49
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Secura nos olhos, dor, ardência, sensação de corpo estranho, visão embaçada ou flutuante que piora no vento e locais bastante iluminados são os sintomas da síndrome do olho seco, uma alteração na qualidade ou quantidade da lágrima produzida pelas glândulas lacrimais.

Os olhos podem ficar mais sensíveis durante o inverno
Os olhos podem ficar mais sensíveis durante o inverno
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Um levantamento realizado nos prontuários de 13,3 mil pacientes consultados de janeiro de 2022 a julho de 2024 pelo Instituto Penido Burnier de Campinas mostra que 25% dos pacientes foram detectados com olho seco e 1 em cada 5 dos diagnósticos (20%) ocorreram nos meses de inverno. 

No período analisado, o hospital encontrou 3286 pacientes com olho seco. Nos meses de inverno, o número de diagnósticos aumentou 20%, totalizando 854 casos. O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do hospital, afirma que o olho seco é uma condição crescente no mundo todo com uma prevalência que chega a 50% nos países mais áridos. 

A doença desestabiliza a lágrima que tem a função de proteger a superfície ocular e manter a saúde da córnea, lente externa do olho responsável por 60% de nossa refração. E o tratamento incorreto é perigoso. O especialista esclarece que pode causar deficiência visual grave por lesão na córnea ou nas glândulas que produzem a lágrima.

Fatores de risco

Queiroz Neto afirma que o uso incorreto das telas é um problema para a saúde dos nosso olhos. Isso porque, diante delas, fazemos pouco movimento com o globo ocular e diminuímos o número de piscadas de vinte vezes por minuto para seis a sete vezes. Esta redução aumenta a evaporação da lágrima e faz o olho seco atingir todas as faixas etárias. 

"A lágrima tem a função de proteger a superfície das agressões externas. Quando evapora, nossos olhos ficam mais vulneráveis a infecções recorrentes que podem lesar a córnea", explica o oftalmologista. 

Outros fatores de risco são o uso incorreto de lentes de contato, permanecer a maior parte do tempo em ambientes com ar-condicionado, diabetes, ceratocone, blefarite, cicatrizes na córnea, frouxidão palpebral, síndrome de Sjögren e inflamações na superfície do olho.

Tipos de olho seco

O especialista diz que a frequência da doença aumenta quanto maior a idade, mas, é mais comum entre mulheres. De acordo com ele, o tipo mais frequente de olho seco é o evaporativo, que responde por 70% dos casos. Esse tipo pode ser causado pelo uso de colírio impróprio que aumenta muito a viscosidade da lágrima, higiene incorreta dos olhos ou blefarite (inflamação da pálpebra) obstruir a glândula de meibômio, responsável pela produção da camada gordurosa da lágrima.  

O outro tipo é a deficiência aquosa, uma diminuição da produção lacrimal decorrente de uma lesão na glândula de meibômio por tratamento incorreto do olho seco, medicamento para hipertensão arterial, depressão ou anti-histamínico.

"O diagnóstico é feito com um equipamento que permite examinar as 3 camadas da lágrima sem tocar na superfície do olho", salienta. O exame também inclui a avaliação das pálpebras inferior e superior e das glândulas de meibômio. Por isso, evita a progressão das condições que alteram a lágrima.

Tratamentos

A última palavra em tratamento de olho seco evaporativo é a luz pulsada que desobstrui a glândula de meibômio e estimula a produção da camada lipídica do lagrima. "Dependendo da gravidade da obstrução o uso de colírio apenas dá um leve alívio ao desconforto. A luz pulsada é aplicada em três sessões aplicadas uma/mês, podendo ser necessária a reaplicação em alguns casos. Como terapia de apoio ao tratamento é indicado colírio lubrificante e suplementação de ômega 3, salienta. 

Os casos graves de deficiência da camada aquosa da lágrima mais frequentes na menopausa, andropausa, TRH (Terapia de reposição hormonal) e uso de medicamentos para hipertensão arterial, depressão ou anti-histamínico o especialista diz que uma microcirurgia em que é implantado um plug no olho para reter a lágrima no globo ocular é o mais indicado.

Já os casos leves de olho seco podem ser tratados com colírios lubrificantes, sempre com indicação de um oftalmologista. Isso porque, explica, cada um tem uma substância ativa e o uso de colírio incorreto pode agravar o problema.

Como prevenir o olho seco no inverno?

As recomendações do oftalmologista para prevenir a síndrome do olho seco são:

  • No sono: nunca durma com maquiagem ou lente de contato nos olhos.
  • Descanse: nas telas descanse os olhos a cada 20 minutos, olhando por 20 segundos para uma distância de 6 metros.
  • Telas: posicione as telas 35º abaixo da linha dos olhos.
  • Água: tome 35 ml de água/quilo de seu peso ao dia.
  • Higiene: limpe a borda das pálpebras com um cotonete embebido em xampu infantil neutro.
  • Colírio: não aplique sem indicação de um oftalmologista. 
Alto Astral
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