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Outubro rosa: como fica o sexo após o câncer de mama?

O tratamento afeta a autoestima e o emocional da mulher, impactando na vida sexual do casal; veja como lidar

24 out 2021 - 22h02
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A vida sexual deve ser discutida (e renovada) após o tratamento do câncer de mama
A vida sexual deve ser discutida (e renovada) após o tratamento do câncer de mama
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Durante todo o mês de outubro, os conteúdos sobre câncer de mama tomam conta da internet e redes sociais, assim como as luzes cor-de-rosa iluminam as cidades. Falar sobre prevenção, detecção, diagnóstico e tratamento é fundamental para conscientizar e alertar mulheres sobre a doença. Mas e o depois? Uma vez que a mulher é diagnosticada e trata o tumor — por meio da cirurgia — seu corpo muda, impactando diretamente na sua autoestima e vida sexual.

Segundo a psicóloga Gabriela Daltro, especialista em sexualidade, as mulheres costumam sentir uma alteração da imagem corporal após o procedimento cirúrgico, independentemente de qual seja. "Com isso, será necessário se reinventar no âmbito erótico, que é tão importante para a sexualidade e a qualidade de vida", destaca. 

A sexóloga salienta a importância do par, em um momento tão delicado, para descobrir esse novo corpo e, junto dele, novas formas de obter prazer. "Algumas dicas que podem ajudar nessa descoberta são apreciar um toque nas mãos, na nuca, aumentar o tempo das preliminares e fazer uma massagem, por exemplo. As possibilidades de prazer vão muito além dos seios", aponta. 

O sexo importa, mas é preciso estar confortável

Existem outros fatores importantes para a retomada da vida sexual que vão além da estética. É preciso lembrar que passar pelas etapas do câncer de mama afeta também os aspectos psicológicos e hormonais femininos, o que costuma causar estresse e redução da libido. Dessa forma, o autoconhecimento deve ser colocado em questão e o acompanhamento com um psicoterapeuta fornecerá respostas para as principais questões, inclusive às que dizem respeito ao sexo. 

Vale lembrar que não há momento certo para buscar o prazer — seja ele individual ou a dois. Na verdade, o que deve ser considerado na hora de tomar essa decisão é o bem-estar da paciente, suas vontades, disposição e, sobretudo, se estará confortável na relação. Por isso, a situação pede paciência de ambas as partes. 

Experimentando coisas novas 

Gabriela reforça a importância de estimular o corpo e os sentidos antes da relação e elenca algumas dicas que podem ser úteis para ativar o prazer:

  • Tomem banhos juntos no chuveiro ou na banheira, aproveitando o momento;
  • Abuse de géis e óleos corporais, fazendo massagens e curtindo os toques;
  • Invista em beijos pelo corpo todo, sem pressa ou restrições;
  • Lubrifique-se! Devido às alterações causadas pela doença e tratamento, algumas mulheres podem enfrentar secura vaginal;
  • Sinta-se linda! Escolha uma roupa bonita, arrume-se, peça sua comida preferida… O importante é estar confiante consigo mesma. 

ONG Orientavida

A ONG Orientavida vem promovendo a campanha Pense Rosa, que ajuda mulheres que estão na fila de espera do SUS (Sistema Único de Saúde) a realizarem mamografias. A cada 12 pulseiras vendidas no site da ONG, a venda é revertida em um combo de diagnóstico de câncer de mama. Até agosto deste ano, 11 mil mamografias foram realizadas. A meta da ONG Orientavida é atingir 15 mil até dezembro de 2021. Participe!

Fonte: Gabriela Daltro, psicóloga especialista em sexualidade e membro do corpo clínico da plataforma Sexo sem Dúvida. 

Alto Astral
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