Ozempic e Mounjaro: uma saída para a obesidade?
Na era da obesidade e sobrepeso, muitas dúvidas surgem sobre o uso do Ozempic e do Mounjaro, atuais queridinhos de celebridades! São números alarmantes: 56% dos adultos brasileiros sofrem com obesidade ou sobrepeso. E essa doença, que é crônica, já é considerada uma epidemia global de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O […]
Na era da obesidade e sobrepeso, muitas dúvidas surgem sobre o uso do Ozempic e do Mounjaro, atuais queridinhos de celebridades!
São números alarmantes: 56% dos adultos brasileiros sofrem com obesidade ou sobrepeso. E essa doença, que é crônica, já é considerada uma epidemia global de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O tratamento é longo e requer determinação e acompanhamento médico especializado.
Mas na luta contra os quilos extras, estão em destaque medicamentos como Ozempic e Mounjaro. Raphaela Paes, médica de endocrinologia que atende na Segmedic, esclarece esses remédios é indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, pois ambos ajudam a melhorar o controle glicêmico. "Além disso, as medicações têm sido prescritas off-label para o tratamento da obesidade ou do sobrepeso associado a outras condições de saúde. Além de mudanças no estilo de vida não são suficientes para promover uma perda de peso significativa", explica.
As diferenças entre os medicamentos
De acordo com a médica, a principal diferença entre o Ozempic (Semaglutida) e o Mounjaro (Tirzepatida) está no mecanismo de ação. Explicando de forma mais técnica, o Ozempic é um agonista do receptor GLP-1, o que significa que age promovendo aumento da saciedade, redução do apetite, retardando o esvaziamento gástrico e controlando os níveis de glicose no sangue. "Já o Mounjaro é um agonista duplo, que atua tanto nos receptores GLP-1 quanto nos receptores GIP, essa combinação de mecanismos faz com que o Mounjaro seja ainda mais eficaz na perda de peso e no controle glicêmico em comparação ao Ozempic", comenta.
Esses tratamentos não são indicados para todos!
Raphaela ressalta que ambos os medicamentos possuem contraindicações importantes. "Eles não devem ser usados por pessoas com histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular da tireoide ou de síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2. Também são contraindicados em casos de alergia aos componentes da fórmula, durante a gravidez ou amamentação, e em pacientes com insuficiência renal ou hepática grave, embora a decisão final nesses casos dependa da avaliação médica. Pacientes com histórico de pancreatite também devem ser avaliados cuidadosamente antes de iniciar o tratamento", diz.
Contra a obesidade, um novo estilo de vida
É fundamental adotar mudanças sustentáveis no estilo de vida para o sucesso do tratamento. "A educação nutricional deve ser priorizada, com uma dieta equilibrada e adequada às necessidades do paciente. A prática regular de atividades físicas, incluindo musculação e exercícios aeróbicos, é essencial para ajudar na manutenção do peso e na preservação da massa muscular. Além disso, o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, composta por médico, nutricionista, psicólogo, educador físico, é necessário para orientar e oferecer suporte contínuo", orienta.
Por fim, o planejamento a longo prazo é crucial, já que o corpo tende a recuperar o peso perdido após a interrupção do tratamento. "Em alguns casos, os médicos podem optar por manter o uso dos medicamentos em doses menores ou de forma intermitente, dependendo da avaliação de cada paciente. Isso, aliado às mudanças no estilo de vida, ajuda a garantir resultados duradouros e a evitar o temido 'efeito sanfona'", finaliza Raphaela.
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Revista Malu
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