Quais são os sintomas de Lúpus? Entenda mais sobre a doença autoimune
O lúpus pode se manifestar de diferentes maneiras e o tratamento ajuda a amenizar os principais sintomas.
O lúpus é uma doença autoimune que afeta diferentes áreas do corpo, mas pode ser tratada para amenizar os sintomas.
O lúpus é uma doença que pode afetar diferentes áreas do corpo, provocando uma série de sintomas que podem reduzir a qualidade de vida ou mesmo levar à morte se não houver acompanhamento médico e tratamento adequado para lidar com a doença.
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Apesar de ser uma enfermidade autoimune sem cura, é possível recorrer a diferentes tratamentos que contribuem para amenizar os sintomas.Com isso, os efeitos da doença, como a inflamação de células pelo corpo, podem diminuir consideravelmente.
O que é lúpus?
O lúpus, que também é conhecido como Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é uma doença autoimune que causa a inflamação de células presentes em diferentes tecidos e órgãos.
Ela pode afetar, principalmente, a pele, as articulações, os rins e a área cerebral, e a progressão das áreas afetadas pode levar semanas ou meses.
O quadro ocorre quando o sistema imunológico, que existe para proteger o organismo de doenças, acaba atacando as células saudáveis do corpo.
Estima-se que existam mais de 80 doenças do tipo, sendo o lúpus uma das mais graves, que afeta aproximadamente 65 mil pessoas no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia.
A entidade afirma que, apesar da doença atingir qualquer pessoa, a prevalência é maior em mulheres, pessoas entre 20 e 45 anos e pessoas pretas ou pardas.
O lúpus não é considerado uma doença contagiosa, já que as causas estão ligadas a cada organismo e não existe risco de transmissão entre pessoas.
Quais são os tipos de lúpus?
O lúpus pode ser manifestado de diferentes formas, que variam de acordo com a causa do quadro. Quase todos eles registram inflamações em diferentes tecidos.
Lúpus Discoide
O lúpus discoide está relacionado à inflamação da pele, com a presença de lesões avermelhadas de diferentes tamanhos e formatos em áreas diversas, como rosto, nuca, couro cabeludo e outras áreas do corpo frequentemente expostas ao sol. O quadro pode se agravar e evoluir para o lúpus sistêmico.
Lúpus Sistêmico
O lúpus sistêmico é considerado o tipo mais comum e o quadro pode se apresentar de maneira leve ou grave. Nesse caso, a inflamação ocorre pelo organismo inteiro, em áreas além da pele, como rins, pulmões, coração e articulações.
Lúpus induzido por medicamentos
O lúpus induzido por medicamentos é causado por drogas e remédios que causam inflamação, tanto em áreas específicas da pele quanto no organismo todo. Apesar de similar ao lúpus sistêmico, as inflamações tendem a sumir quando o uso do medicamento é encerrado.
Lúpus neonatal
O lúpus neonatal é considerado raro e afeta apenas aos recém-nascidos de mulheres que possuem lúpus. Nessa situação, a criança apresenta ao nascer erupções na pele e problemas de fígado. A tendência é que os sintomas desapareçam de maneira natural após alguns meses, mas existe o risco de desenvolvimento de problemas cardíacos na criança.
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Quais são os sintomas de lúpus?
O lúpus pode apresentar uma série de sintomas que ajuda a definir o tipo de doença e a acelerar o diagnóstico e o tratamento. Os sinais mais comuns de lúpus são:
- Lesões de pele, que pioram com a exposição solar, especialmente na área das maçãs do rosto, do nariz e da boca;
- Sensibilidade à luz solar;
- Febre;
- Fadiga e mal-estar em geral;
- Inchaços e rigidez nos músculos;
- Dores no peito ao respirar ou dificuldade na respiração, devido à inflamação das membranas dos pulmões;
- Dores nas articulações, com destaque para as articulações de mãos e pés;
- Inflamação nos rins e, em casos graves, redução da quantidade de urina;
- Inchaço dos linfonodos.
O que pode causar o lúpus?
As causas por trás dos casos de lúpus não são totalmente conhecidas pela ciência, mas acredita-se que um deles é o fator genético. Por isso, existem pessoas que podem, desde nascença, ter mais chances de desenvolver a enfermidade.
Outro fator que pode desencadear o lúpus é o desequilíbrio hormonal, principalmente quando esse quadro causa alterações na produção de anticorpos que passam a atacar as próprias células saudáveis do organismo.
Fatores ambientais, como infecções por meio de vírus e microorganismos ou a alta exposição à irradiação solar, são outra razão para o surgimento do lúpus ou causar o retorno da doença de maneira leve ou grave.
Além disso, o uso de antibióticos, controladores de convulsões ou mesmo remédios de pressão alta também podem provocar desequilíbrios que levam ao aparecimento da doença
É possível prevenir o lúpus?
Não existem, até o momento, análises que indiquem fatores de risco que podem levar ao lúpus, especialmente em casos genéticos. Porém, é possível evitar situações que podem favorecer o aparecimento da doença.
Evitar a exposição direta à radiação ultravioleta e raios solares é uma das maneiras tanto de evitar a doença quanto de impedir o agravamento de um quadro de lúpus. Também é importante acompanhar o uso de medicamentos e suspender o uso, com orientação médica, se houver suspeita de lúpus induzido por droga.
Como é o diagnóstico e tratamento de lúpus?
Em geral, o diagnóstico de lúpus é realizado por médicos especialistas, como o reumatologista, a partir da observação dos sintomas, análise em exames de sangue para detecção de anormalidades e, também, em exames de urina.
Além disso, exames de anticorpos, hemogramas, radiografias de tórax e biópsia renal são alguns dos exames que contribuem para a construção de diagnóstico da doença. Ainda não existem testes e exames específicos para diagnóstico de lúpus.
Já o tratamento da doença pode envolver o uso de medicações como anti-inflamatórios, corticoides, imunossupressores ou mesmo antimaláricos. Os remédios podem contribuir para amenizar os sintomas, como febre, dores, sensibilidade à luz ou, em casos mais graves, alterações no sistema nervoso central.
Além disso, o tratamento também pode requerer cuidados, como o uso de protetor solar com alto fator de proteção, roupas com proteção UV e acessórios como chapéus, bonés e óculos, assim como evitar a exposição solar em horários de maior intensidade.
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