Qual a diferença entre o pilates e a musculação para o ganho de músculos?
Especialista explica porque o pilates voltou a ser sucesso entre os atletas e redes sociais, além de ressaltar os benefícios da prática
Você pode ter notado, nas redes sociais, que cada vez mais pessoas estão fazendo pilates. Inclusive, os atletas das Olimpíadas de Paris fizeram vídeos utilizando a atividade para conseguirem manter o físico. A equipe feminina do vôlei brasileiro, por exemplo, montou um estúdio na cidade da luz, já Gabriel Medina utilizou o exercício para se preparar para as competições. Com isso, você pode se perguntar qual a diferença entre o pilates e a musculação em relação ao ganho de músculos. Sendo assim, consultamos a fisioterapeuta Carolina Rorato, para tirar algumas dúvidas.
O que é o pilates?
Joseph Pilates inventou o pilates na década de 1920. Ele tem como proposta conectar o corpo e a mente, beneficiando a postura, a força, o equilíbrio e a flexibilidade. A maioria das pessoas, quando pensa em pilates, remete à uma prática de baixa intensidade para idosos e os que estão em reabilitação, mas é bem diferente disso. "Ele se baseia em exercícios que utilizam tanto o peso corporal quanto equipamentos específicos, focando na musculatura do centro do corpo, no controle dos movimentos, na postura e na respiração", explica.
Quais os benefícios?
Com o aumento da busca por bem-estar, saúde preventiva e práticas que promovam não apenas o corpo, mas também a mente, o pilates se destaca. "O sucesso está muito relacionado à sua abordagem mente e corpo, e aos benefícios visíveis que ele traz, especialmente para quem busca melhorar a saúde física e mental de maneira equilibrada. Além disso, é uma modalidade acessível para pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico, o que amplia ainda mais seu alcance", detalha.
Quem pode praticar?
O pilates é indicado para praticamente todas as pessoas, desde atletas que buscam aprimorar o desempenho, até pessoas que precisam de reabilitação física, grávidas, mães no pós-parto ou idosos que desejam manter a mobilidade e a qualidade de vida. Ele é adaptável, o que faz com que se encaixe bem em diferentes perfis e objetivos, sempre respeitando as limitações individuais de cada pessoa.
"A prática é indicada para pessoas de todas as idades, inclusive crianças com 4 anos ou mais. Isso porque elas passam pelo desenvolvimento motor, adquirindo habilidades físicas e cognitivas, sendo necessário estimulá-las com exercícios físicos. A partir da pré-adolescência, acontece o chamado crescimento acelerado do corpo, gerando desequilíbrios musculares. Por isso a prática se faz importante para o melhor alinhamento da postura, fortalecimento dos músculos e melhora do alongamento. Além de ser muito indicado para os idosos, que precisam de flexibilidade, mobilidade e força muscular", especifica.
Qual a diferença entre o pilates e a musculação?
Além disso, o método tem como objetivo fortalecer os músculos, aumentar a flexibilidade muscular, mobilidade articular e equilíbrio, desenvolvendo o corpo de modo uniforme. A musculação, por sua vez, trabalha a hipertrofia. "Os músculos no Pilates são trabalhados de forma mais funcional, focando também na flexibilidade e no equilíbrio, o que complementa o trabalho de força. Ademais, promove o fortalecimento muscular de maneira mais integrada, trabalhando o corpo como um todo, com ênfase no controle dos movimentos, na resistência muscular e na estabilização, sem focar exclusivamente no ganho de massa", conclui.
O criador das técnicas desta modalidade, já dizia: "Com 10 sessões você perceberá a diferença, com 20 sessões os outros irão perceber a diferença e com 30 sessões você terá um novo corpo".