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Quitéria Chagas: "Não tinha espaço pra mulheres pretas na TV"

Rainha de bateria da Império Serrano reflete sobre o Novembro Negro e afirma que passar no teste de Carla Perez e foi sua virada de chave

25 nov 2024 - 17h15
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Atriz, psicóloga e rainha de bateria da Império Serrano, Quitéria Chagas é uma das principais figuras do Carnaval. Em entrevista, ela revelou situações pelas quais passou até chegar no estágio atual de sua vida pessoal e profissional. Quitéria foi responsável pela defesa da Lei Nacional da Mulher Sambista, além de diversas outras ações que a credenciaram como um grande nome na questão da representatividade.

Foto: Divulgação / Revista Malu

Virada de chave!

Contando alguns dos desafios vividos em sua trajetória, Quitéria, que já trabalhou em programas como como "A Grande Família", "Zorra Total", "Sob Nova Direção" e "Turma do Didi", relembra da participação em um concurso de Carla Perez, que segundo ela, foi o ponto de virada em sua carreira. Graças a ele, ela conseguiu chegar a televisão, que não dava muito espaço para mulheres pretas, tendo muito apoio e motivação da própria Carla.

"Eu me sentia mal por tudo que eu ouvia, tinha um problema de baixa estima, mas eu estava enfrentando. Quando passei no teste da Carla Perez, foi a virada de chave na minha carreira. Fui para São Paulo, tive a oportunidade de trabalhar na TV, onde não tinha muito espaço para mulheres pretas. Em programas de auditório, só mulheres brancas podiam ficar na linha de frente. Pediram para eu trocar o meu cabelo, sugeriram que eu usasse peruca e a Carla foi a principal responsável por brigar pela minha identidade e meu espaço ali", relembra.

A importância da luta antirracista

Quitéria destacou a necessidade destas pessoas estudarem e procurarem saber sobre a luta diária enfrentada pelas pessoas pretas. A artista acredita que apenas isso irá possibilitar muito mais espaços e oportunidades para todos.

"O papel da pessoa não negra é procurar entender e estudar as nossas causas, o que realmente sofremos. Hoje, as coisas melhoraram, os negros aparecem em altos cargos, diretores, em capas de revista, no Brasil principalmente. Essas pessoas devem estudar e abrir mais espaços. A gente precisa dessa representatividade. Eu precisei lutar muito por essa aceitação, do corpo da mulher preta", explica.

Quitéria confirmou o anúncio do lançamento de sua biografia, escrita por ela, no período do Carnaval 2025. No livro, ela irá narrar mais sobre toda a sua luta pela valorização e respeito às mulheres pretas, além de histórias de sua vida dentro e fora do samba.

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