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Retinoblastoma: entenda sobre a doença de Lua, filha de Tiago Leifert

O retinoblastoma é um tipo de câncer nos olhos que acomete crianças entre 0 e 5 anos de idade

2 fev 2022 - 16h01
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Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin, foi diagnosticada com um tumor nos olhos
Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin, foi diagnosticada com um tumor nos olhos
Foto: Instagram/@garbindaiana / Alto Astral

No último final de semana, Tiago Leifert e sua esposa, a jornalista Daiana Garbin, comunicaram sobre o diagnóstico de retinoblastoma de sua filha Lua, de apenas 1 ano. O vídeo, de cerca de 9 minutos, tinha a função de informar e prevenir sobre a doença, além de ressaltar a importância da descoberta precoce.

O retinoblastoma é um tipo de câncer raro que pode aparecer em um olho ou de forma bilateral (nos dois olhos), como é o caso de Lua. Segundo o vídeo, a menina já faz tratamento para combater a doença há alguns meses e segue com sucesso.

Para o Dr. Hallim Feres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), pesquisador e médico de crianças, é importante que os pais estejam alertas quanto ao desenvolvimento da visão dos pequenos.

"O retinoblastoma é um tumor do olho. Apesar de raro, é o tumor ocular mais comum na infância. Tem uma frequência em torno de 50 casos por milhão de crianças. E, em 90% dos casos, acontece antes dos 5 anos de idade, sendo a média de aparecimento aos 18 meses de vida", explica o médico.

Mesmo que o diagnóstico preocupe, a boa notícia é de que o retinoblastoma possui um índice de cura em torno de 90%. E, quando diagnosticada de forma precoce, há preservação da visão em 90% dos casos. 

Como a retinoblastoma aparece?

Em entrevista ao Fantástico, Tiago Leifert detalhou como percebeu que havia algo diferente com a visão de Lua. "Eu a peguei no berço para brincar e notei que ela não me olhou nos olhos, mas meio de lado. Fui para frente do espelho e vi o olhinho dela fazendo um movimento irregular. Perguntei até se ela havia batido a cabeça. Então eu vi, na luz, um reflexo como uma bola de gude no fundo da pupila". 

Daiana, esposa do apresentador, comentou que no início, achou que fosse impressão de Leifert. Mas já no dia seguinte, eles marcaram consulta médica para investigar.

De acordo com o especialista Hallim Neto, "as células do tumor começam a aparecer na retina, aquela camada que reveste a parte interna do olho. As células da retina crescem e se multiplicam, podendo depois se espalhar para o cérebro e medula". O médico ainda alerta que, apesar desse tipo de câncer geralmente afetar crianças pequenas, é necessário ficar atento, pois ele também pode ocorrer em adultos.

Aprendendo a identificar o tumor:

O médico especializado em crianças também pontuou indícios que podem levantar um sinal de alerta entre os pais e mães de crianças, além de ajudar no diagnóstico precoce da retinoblastoma. Confira a seguir:

  • Ao tirar foto com flash da criança, observar a cor do reflexo do olho: em casos de tumor, a cor pode aparecer branco em vez de preto ou vermelho;
  • Aqueles que possuem histórico de retinoblastoma na família, também devem sempre informar ao médico oftalmologista na primeira consulta;
  • Observar se há vermelhidão ou inchaço do olho da criança;
  • Realizar a primeira consulta no oftalmologista até 18 meses, que é a idade com a maior incidência de aparecimento do retinoblastoma;
  • Vale também insistir para dilatar os olhos da criança já na primeira consulta, para avaliar se há algum indício da doença.

Tratamentos para retinoblastoma:

Segundo o Dr. Hallim, existem variadas formas de tratamento para o tumor: "O tratamento desse tipo de câncer depende do estágio de sua evolução, e se há envolvimento de outras partes do corpo. O primeiro objetivo do tratamento é sempre tentar preservar a visão", comenta.

Entre as possibilidades de conter a doença estão a quimioterapia, radioterapia, laser, crioterapia ou termoterapia e, em casos de crescimento do tumor, a cirurgia. Para o médico que atua no diagnóstico e no tratamento de retinoblastoma, a cirurgia para a retirada de um ou dos dois olhinhos é um procedimento que, apesar de não preservar a visão, preserva a vida. 

"Geralmente, crianças se adaptam bem à retirada de um dos olhos. Depois de um tempo, é colocada uma prótese igual ao outro olho, com resultados estéticos quase muito bons, sendo praticamente imperceptível", conclui Dr. Hallim.

Fonte: Hallim Feres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), pesquisador e médico especializado no cuidado de crianças.

Alto Astral
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