Rogério Sampaio conta como seu falecido irmão lhe dá forças: "Converso com ele nos momentos difíceis"
Ricardo Sampaio, primogênito do atleta, tinha 27 anos quando morreu; o judoca revela como foram os momentos de superação
Recentemente, em entrevista à revista Veja, o ex-judoca Rogério Sampaio relembrou o momento em que recebeu a notícia do falecimento de seu irmão mais velho, Ricardo: "Quando subi no pódio olímpico e recebi a medalha de ouro, depois de vinte anos de tatame, fui tomado por uma mescla de emoções. Lembrei de quando tinha 12, 13 anos e ficava simulando aquele momento no chuveiro: comemorava debaixo d'água e imaginava as palavras que diria aos repórteres. Então a alegria, lá em Barcelona, em 1992, foi de uma intensidade única. Mas, ao olhar em volta, faltava meu irmão, que havia tirado a própria vida um ano antes, e bateu uma tristeza".
Porém, naquele mesmo instante, decidiu sempre mantê-lo por perto. "Mesmo com aquele vazio, já com a medalha no peito, pensei: 'Conseguimos'. Ricardo, que era o mais velho, também judoca, foi essencial na minha determinação de ir longe no esporte, e sua inesperada partida me ensinou de forma dura que há coisas que a gente não controla. Em relação ao que está na minha mão, aí, sim, cuido de forma obsessiva. E vem sendo assim agora, no papel de chefe da missão olímpica brasileira em Paris", disse ao site.
33 anos depois
Ao Sportbuzz, o ex-atleta contou que, mesmo de longe, conta com o irmão. "Converso com ele nos momentos difíceis", afirma, dizendo que sente que ele nunca o deixou desamparado. "Quando você perde um irmão, quando você perde um pai e tem uma relação muito forte, essa pessoa não está mais ali com você na presença, fisicamente. Mas ela está com você sempre", fala, com carinho.
Confira a entrevista completa de Sampaio, que está prestes a embarcar para Paris como Chefe de Missão da delegação brasileira, com a responsabilidade de comandar aproximadamente 300 atletas e a matéria completa aqui.
