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Conversas difíceis no trabalho: 5 dicas práticas para um chefe ter comunicação eficiente com equipe

Segundo especialista, o papel da liderança vai muito além de delegar funções e gerenciar prazos; ter jogo de cintura para lidar com diálogos desafiadores é importante

28 set 2023 - 14h40
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Conflitos corporativos fazem parte da rotina do ambiente de trabalho, e a maioria dos confrontos acontece por falta de uma comunicação eficiente. Fugir de conversas difíceis, seja qual for o problema, tende a desgastar ainda mais a relação profissional entre líderes e liderados.

Adotar uma comunicação assertiva e respeitosa é um bom começo na hora de ter diálogos mais delicados com a equipe. "Essas interações podem ser desconfortáveis, mas são indispensáveis para manter a harmonia e a eficiência no ambiente de trabalho", afirma Daniela Bertoldo, especialista em liderança e fundadora do Instituto Bert, empresa de desenvolvimento pessoal e liderança.

Segundo Bertoldo, esse é um dos desafios mais complexos encarados pelas chefias. As conversas podem ser sobre assuntos variados:

  • Fornecer um feedback construtivo: focado na solução, em vez do problema, que traz somente exemplos profissionais, em vez de pessoais. Essa habilidade facilita o desenvolvimento de competências e a solução de adversidades no ambiente de trabalho.
  • Solucionar problemas de desempenho: por exemplo, redução de entregas ou baixa produtividade.
  • Resolver questões interpessoais: fofocas no trabalho, ruído de comunicação. Por isso, ter jogo de cintura durante uma conversa difícil é a chave para manter o clima de uma equipe.

Aqui vai uma lista com cinco dicas práticas para lideranças conseguirem lidar com o assunto:

1. Prepare-se bem antes de conversar

Antes de convidar o colaborador para uma reunião, tenha em mente os principais pontos a serem abordados na conversa. Ou seja, a situação será bem-sucedida se for minimamente estruturada.

Evite ficar no campo das ideais. Em vez disso, opte por fornecer exemplos específicos para ilustrar as preocupações, diz Bertoldo.

A preparação também envolve inteligência emocional para saber lidar com as possíveis reações e perguntas que podem surgir por parte dos liderados.

"Prepare respostas ponderadas", sugere a especialista, acrescentando que o diálogo não é uma tarefa fácil, exige esforço.

Se feitas de maneira empática e com clareza, as conversas difíceis têm o potencial de transformar momentos desafiadores em "oportunidades de crescimento tanto para os líderes quanto para os liderados", ressalta a especialista.

2. Escolha o ambiente ideal

É crucial ter um espaço confortável e privado para ambas as partes ficarem à vontade. Por isso, realizar conversas delicadas na frente de outras pessoas tende a gerar situações embaraçosas, dá brecha para fofocas no trabalho e atrapalha ainda mais a comunicação entre líder e liderado.

"Um ambiente confortável pode ajudar a diminuir a tensão e promover uma comunicação mais aberta e honesta", avalia Bertoldo.

3. Ouça o colaborador com atenção

É necessário ser cauteloso com os mínimos detalhes de uma conversa. "É importante não apenas falar, mas também ouvir atentamente", orienta a especialista em liderança.

"Permita que seus liderados expressem seus pontos de vista ou preocupações", diz. Demonstre para a pessoa que o ambiente é psicologicamente seguro e apresente exemplos de que ela não será punida por revelar angústias e questões relacionadas ao ambiente de trabalho.

Vale anotar e dividir em colunas o que foi dito durante a conversa para revisitar posteriormente. Escreva o que foi conversado, dê eventuais feedbacks e anote a sua interpretação dos pontos abordados naquele diálogo.

"A escuta ativa demonstra respeito e compreensão, além de fornecer informações valiosas que podem levar a soluções mutuamente benéficas", esclarece Bertoldo.

4. Tenha calma e objetividade

Explodir e agir de maneira imprevisível pode desencadear outros problemas, desde um comprometimento da saúde mental das lideranças e dos colaboradores a advertências e casos de demissão, quando são verificados comportamentos inadequados, como assédio moral.

"É natural que emoções possam aflorar durante conversas difíceis, mas é crucial manter a calma e a objetividade. Aborde os problemas de forma clara e direta, sem deixar que as emoções dominem a conversa", adverte a especialista.

5. Ofereça soluções e peça feedback

Fazer o arroz com feijão é meio caminho andado. Ao partir do básico, é essencial não abrir mão de feedbacks mensais. "Solicite feedback de seus liderados sobre como as coisas podem ser melhoradas no futuro. Isso não apenas resolve as questões atuais, mas também promove um ambiente de aperfeiçoamento contínuo e colaboração", reforça Bertoldo.

Outro ponto que deve fazer parte da rotina das equipes é a indicação de soluções. Ao discutir um problema, o ideal é sugerir alguns caminhos para que a situação não seja encarada de forma apocalíptica ou sem alternativas.

Estadão
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