Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

TDI: entenda caso da jovem com 18 personalidades

Reportagem do 'Fantástico' mostrou caso de jovem com 18 diferentes personalidades, consequência do transtorno dissociativo de identidade (TDI)

23 ago 2023 - 08h00
(atualizado às 17h50)
Compartilhar
Exibir comentários

No último domingo (20) foi ao ar no 'Fantástico' (TV Globo) uma reportagem sobre Giovanna Blasi, 21, que, na verdade, prefere não usar o nome de registro, mas sim "Sistema Resiliência". Ela tem transtorno dissociativo de identidade (TDI), uma condição psiquiátrica severa e rara, capaz de produzir em um único indivíduo diferentes personalidades.

TDI: entenda caso da jovem com 18 personalidades -
TDI: entenda caso da jovem com 18 personalidades -
Foto: Reprodução TV Globo / Saúde em Dia

Giovanna, por exemplo, tem 18 diferentes identidades, como declarou à equipe da TV Globo. "Aline, Aurora, Dandara, Aiana, Tatá, eu [Giovanna], Herbert, Isabella, Laura, Lina, Lua, Luara, Luiza, Maria Helana, Melanie, Momô, Jim e Ariel", listou.

O que é TDI?

O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) é uma condição psicológica complexa em que uma pessoa apresenta duas ou mais identidades distintas, frequentemente chamadas de "personalidades" ou "alter egos". 

Cada identidade pode ter características, memórias e comportamentos únicos. A transição entre essas identidades acompanha amnésia significativa para eventos ocorridos quando outras personalidades estavam no controle. Ou seja, quando uma personalidade "incorpora", automaticamente o indivíduo esquece tudo o que a anterior fez.

O que causa o TDI?

De acordo com o pós PhD em neurociências e membro da Society for Neuroscience nos EUA e da Sigma XI, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o transtorno pode advir de traumas ou abusos no passado.

"As causas do TDI estão associadas principalmente a experiências traumáticas, como abuso físico, sexual ou emocional durante a infância. Então, o transtorno surge como uma estratégia de defesa do indivíduo para lidar com o trauma extremo, fragmentando a identidade para evitar a consciência plena das memórias dolorosas", explica.

Segundo ele, esse mecanismo dissociativo ocorre quando a mente tenta separar aspectos da personalidade para preservar a sanidade emocional. "Fatores genéticos e predisposições familiares também podem desempenhar um papel na vulnerabilidade ao desenvolvimento do TDI, mas o trauma é considerado o fator primordial", acrescenta o especialista.

O transtorno tem cura?

Fabiano explica que o tratamento do TDI envolve a terapia cognitivo-comportamental, focada em identificar e desafiar padrões de pensamento disfuncionais. "Ela tem como objetivo unificar as diferentes personalidades, promovendo a cooperação e a harmonia interna", afirma.

"O TDI pode ser controlado, seja através da harmonia entre as personalidades ou da unificação delas para reduzir o seu número, a depender de cada caso. A abordagem é totalmente individualizada e com resultados de longo prazo", acrescenta o neurocientista.

Saúde em Dia
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade