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Tecnologia e saúde mental: especialista alerta sobre os perigos

O excesso de tecnologia pode aumentar a atenção dividida entre várias atividades e ainda desencadear problemas de saúde mental

9 ago 2024 - 08h10
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Quando foi a última vez que você ficou um dia inteiro sem usar o celular, o tablet ou o computador? Muita gente não sabe nem como responder a essa pergunta - afinal, essas tecnologias já estão tão presentes na vida da maioria das pessoas que é difícil até ficar algumas horas sem elas.

Especialista explica relação entre tecnologia e saúde mental
Especialista explica relação entre tecnologia e saúde mental
Foto: Shutterstock / Alto Astral

O smartphone, um dos dispositivos mais usados atualmente, facilita a vida das pessoas de diversas maneiras. Se comunicar com amigos e familiares, buscar por notícias importantes sobre o Brasil e o mundo, conferir informações na internet, tirar fotos, resolver algumas questões no aplicativo do banco… tudo pode ser feito por meio dele.

Entretanto, esse fluxo incessante de informações e notificações, ao mesmo tempo que otimiza o tempo e agiliza a vida social e profissional, também pode levar à sobrecarga cognitiva, dificultando a capacidade de se concentrar em tarefas importantes. É o que explica a médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental, sobre a ligação da tecnologia com o bem-estar:

"Essa mesma conectividade e facilidade está gerando preocupações significativas sobre o impacto negativo na saúde mental e na capacidade de foco e ainda está associado a um aumento nos níveis de ansiedade e depressão", alerta a médica.

Os malefícios das redes sociais

A dependência das redes sociais, problema que tem afetado muitas pessoas, traz um estado de alerta contínuo, dificultando o relaxamento e aumentando o estresse. Aliás, muitas pessoas acabam até tendo dificuldade para dormir por conta disso.

"Em primeiro lugar, a exposição à luz azul emitida pelas telas dos celulares pode interferir no ciclo natural do sono, reduzindo a produção de melatonina. Ou seja, o hormônio responsável pelo sono. O hábito de usar o celular antes de dormir ainda pode resultar em insônia e qualidade de sono reduzida. Isso vai afetando negativamente a saúde mental e a capacidade de foco durante o dia", diz.

Outra questão é que a tecnologia, que tem um grande potencial para unir pessoas, ainda mais com as redes sociais, acaba as separando quando seu uso se torna excessivo. E isso também é prejudicial para a saúde mental.

Dicas para driblar o problema

Alguns defendem que o melhor mesmo seria não usar as redes sociais e diminuir muito a utilização do smartphone. Todavia, se fugir completamente da conexão for impossível, há outras estratégias que podem ajudar a diminuir os malefícios da tecnologia para a saúde mental.

A Dra. Jéssica recomenda, por exemplo, definir horários específicos para o uso de dispositivos móveis, limitar o tempo gasto em redes sociais, priorizar atividades presenciais e fazer pausas regulares durante o trabalho para reduzir a fadiga mental. Essas medidas são essenciais para minimizar os impactos emocionais e mentais e ainda ajudam a melhorar a concentração.

Alto Astral
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