3 ácidos que agridem, mas deixam a pele perfeita, se usados com orientação
Mesmo no inverno, é necessário ter alguns cuidados após o uso de ácidos
Ácidos podem ser usados em cosméticos e procedimentos para renovação da pele, devendo ser usados com orientação médica.
Os ácidos podem estar presentes em cosméticos anti-idade, fórmulas magistrais para renovação da pele, além de procedimentos de peelings realizados em consultório com ácidos de característica esfoliante em concentração mais alta.
“Existem ácidos que hidratam a pele ou tem características antioxidantes e podem não demandar cuidados especiais além do uso do fotoprotetor. No caso dos peelings e ácidos esfoliantes, eles promovem renovação da estrutura cutânea, proliferação de queratinócitos, fibroblastos e novos vasos na área tratada pela substância escolhida com ação de promover a descamação sempre com o intuito de reparar e tratar uma alteração inestética promovendo elasticidade, firmeza, melhora da textura da coloração e das linhas de expressão. Eles precisam ser usados com orientação médica”, explica a dermatologista Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“A pele tende a ficar mais sensível com a aplicação, então é melhor realizá-la no inverno do que no verão, não apenas pela agressão da luz solar, mas também pela temperatura alta. Mesmo no inverno, como estamos em um país muito ensolarado, devemos ter alguns cuidados após o uso de ácidos, como evitar ficar em ambientes abertos, quentes e ensolarados, e evitar usar qualquer produto na pele que não seja orientado pelo seu dermatologista. Além disso, pode ser indicado usar técnicas para diminuir a temperatura da pele, como ventiladores com jato fraco e não muito gelado, borrifar água termal e fazer compressas geladas de chá de camomila”, orienta a dermatologista Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Mas não há dúvida que, mesmo “agredindo” a pele, esses ácidos são os queridinhos pelos resultados que trazem quando usados com orientação médica. Abaixo, as médicas falam sobre os “malvados” favoritos:
Ácido Retinóico
Claudia Marçal explica que esse é o ácido de primeira escolha quando existe uma pele envelhecida cronologicamente ou uma pele fotoenvelhecida. “É uma vitamina A ácida, tem a finalidade de melhorar o turn over celular, fazendo com que as células cheguem mais jovens, mais oxigenadas e melhor nutridas à superfície da pele. Esse ácido é estimulador de neocolagênese e estimula colágeno do tipo 1 e do tipo 3”, explica Claudia.
Segundo Mônica, esse ácido é indicado para melhorar a renovação celular, o que pode ajudar a ‘eliminar’ as células manchadas da superfície e a acne. “Por esse efeito de renovação, ele pode ser usado em associação a outras substâncias clareadoras com o benefício de trazer à superfície células sem manchas”, afirma a médica.
É necessário ter cautela e orientação médica para o uso desse ácido, que é fotossensível, por isso no dia seguinte o fotoprotetor é primordial.
Ácido Glicólico
Esse ácido tem forte capacidade esfoliante, quebra e diminui a adesão entre as células da primeira camada, abrindo portas de entrada para que haja penetrância de tudo que está com ele. “Por isso, ele pode ser um complemento para atuar contra as manchas, na medida em que diminui a espessura da pele e facilita o trabalho de substâncias clareadoras”, diz Mônica.
Ácido Salicílico
“Ele é um beta-hidroxiácido e tem uma ação importante no controle da acne, principalmente, da acne que forma pequenos microcistos e nós percebemos rolhas córneas dentro dos ductos de saídas glândulas, que são os poros – onde a pele é mais espessada e tem uma textura irregular”, explica a dermatologista Claudia.
“E hoje existe uma abordagem bem moderna no uso do ácido salicílico também para o rejuvenescimento, removendo as alterações e as imperfeições da camada epidermal e fazendo um processo de esfoliação e de renovação de todo o estrato córneo. Ele tem uma ação antimicrobiana e uma ação anti-inflamatória”, finaliza.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.