36,6ºC não é mais a temperatura normal do corpo humano; entenda
A média foi definida como o número geral para todas as pessoas em um estudo de 1868. Porém, uma pesquisa mais recente atualizou esses dados
Primeiramente, a temperatura de 36,6ºC foi definida como o número geral para todas as pessoas em um estudo de 1868. Porém, uma pesquisa mais recente atualizou esses dados e afirmou que a temperatura normal do corpo humano mudou. Entenda:
A descoberta foi realizada pela Universidade de Stanford, que chegou à conclusão de que cada pessoa tem sua temperatura ideal e não existe um valor específico em média. Fatores como idade, peso, altura, sexo e o momento do dia influenciam o que seria ou não febre.
A base foi uma análise de 618.306 medições de temperatura oral de pacientes adultos, feita entre 2008 e 2017. Os estudiosos chegaram à conclusão de que a temperatura corporal girava entre 36,27ºC e 36,7ºC, sendo a média de 36,61ºC. "A combinação de idade, sexo, altura, peso e hora do dia foi responsável por 25% da variabilidade normal da temperatura dentro de um indivíduo", explicaram os autores do estudo.
Ademais, ressaltaram que vestuário, atividade física, ciclo menstrual, erros de medição, clima e até mesmo consumo de bebidas quentes ou frias são outros fatores que influenciam a temperatura. Apesar da novidade, 38ºC para cima continua sendo um indicador de que a pessoa está com febre.
Calor pode nos tornar mais agressivos
Outra pesquisa feita neste ano, pela Universidade de Harvard, mostrou que o tempo quente influencia tanto que pode até mexer com nosso humor. Veja abaixo e leia a matéria completa clicando aqui.
Sabe quando você tenta de tudo para se concentrar em algum afazer, mas não consegue porque está com muito calor? Isso não é só coisa da sua cabeça. Um pesquisador da Universidade de Harvard, Jose Guillermo Cedeño Laurent, descobriu, em um experimento, que o tempo quente afetava o desempenho cognitivo das pessoas.
Para chegar ao resultado, ele dividiu 44 alunos em dois grupos. Um, que iria dormir sem ar-condicionado e em temperatura a 26ºC, e outro que dormiria no quarto climatizado a 21ºC. Assim, Laurent aplicou testes de matemática e autocontrole por cinco dias antes do calor chegar, durante toda a época do mormaço e dois dias após amenizar. Os que estavam vivendo em um ambiente mais aquecido foram muito piores na prova que os que estavam em situação confortável.
Com isso, concluíram que ataques cardíacos e insolação não são os único riscos que o calor apresenta, pois um outro estudo também foi capaz de comprovar que ficamos menos inteligentes. O da Universidade da Pensilvânia, R. Jisung Park, comparou as notas de algumas provas do ensino médio e reparou que, quando a temperatura estava acima de 22ºC, a avaliação caía 0,2%. Em dias que ultrapassavam 26ºC, o desempenho piorava drasticamente.