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48% das pessoas já estão com sintomas de burnout, alerta BCG

Pesquisa com 11 mil trabalhadores de diferentes países mostrou que a taxa é maior em ambientes que passam insegurança

18 ago 2024 - 06h15
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Resumo
Estudo do BCG destaca a importância da inclusão no local de trabalho e como ela influencia o burnout dos colaboradores.
Foto: Adobe Stock

O recém-lançado estudo do Boston Consulting Group (BCG), intitulado "Four Keys to Boosting Inclusion and Beating Burnout", destaca a importância da inclusão no local de trabalho. O relatório, que abrange mais de 11 mil colaboradores em diferentes países, indica que 48% dos respondentes estão atualmente com sintomas de burnout, um estado de exaustão caracterizado pelo desencanto com o emprego e uma sensação de ineficiência.

De acordo com o levantamento, esse sentimento de esgotamento não é apenas resultado de longas horas de trabalho ou de um ambiente de alta pressão. Os principais influenciadores são falta de:

• Acesso adequado a recursos;

• Suporte da alta liderança;

• Segurança psicológica com o gestor direto;

• Oportunidades justas e igualitárias;

• Apoio na vida;

• Satisfação com o gestor atual;

• Autenticidade.

A análise mostrou ainda que, quando esses sentimentos são positivos no local de trabalho, os funcionários se sentem mais incluídos e menos propensos ao burnout: nos ambientes menos acolhedores a taxa de burnout é de, aproximadamente, 60%, enquanto nos que existe mais apoio é de cerca de 30%.

“Esses dados reforçam a necessidade de as empresas investirem em práticas de inclusão para não apenas melhorar a saúde mental e o bem-estar de seus funcionários, mas também para obter benefícios comerciais tangíveis. Isso porque colaboradores em ambientes mais inclusivos apresentam maior felicidade, bem-estar e motivação, o que se traduz em melhores resultados para os negócios, como aumento da produtividade e menor rotatividade de funcionários”, afirma Fleuri Arruda, sócio do BCG.

Adicionalmente, o estudo destaca desigualdades significativas na sensação de suporte e acesso a recursos entre diferentes grupos de trabalhadores. Mulheres, membros da comunidade LGBT, pessoas com deficiência e trabalhadores de campo (que desempenham suas atividades fora do escritório tradicional) sofreram um desgaste até 26% maior.

O BCG recomenda que as empresas desenvolvam programas de suporte personalizados, fomentem lideranças inclusivas, implementem políticas de igualdade e monitorem constantemente o ambiente de trabalho para fazer ajustes necessários. 

“Essas ações são essenciais para aumentar os sentimentos de inclusão e combater o ‘burnout’, criando um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo”, finaliza Arruda.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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