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5 benefícios da atividade física na melhor idade

Prática regular reduz os efeitos negativos da perda de massa muscular e mantém o bem-estar do corpo

18 jan 2024 - 17h15
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Praticar atividade física é fundamental para manter a saúde do corpo em todas as fases da vida, mas, especialmente na melhor idade, o hábito desempenha um papel ainda mais crucial. Isso porque, a partir dos 40 anos, o corpo começa a perder massa muscular de forma gradual, afetando significativamente a capacidade funcional dos indivíduos e impactando sua autonomia e independência.

Atividade física na melhor idade ajuda a manter o bem-estar do corpo
Atividade física na melhor idade ajuda a manter o bem-estar do corpo
Foto: Gorodenkoff | Shutterstock / Portal EdiCase

De acordo com um artigo publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle em 2015, indivíduos acima dos 40 anos podem perder em média de 3% a 8% de massa muscular por década. A consequência dessa perda não é apenas uma diminuição da força, mas também um impacto negativo em sistemas vitais do corpo.

Consequências da perda de massa muscular

Segundo o educador físico Giulliano Esperança, a redução da massa muscular está associada a diversos efeitos adversos ao corpo, como:

  • Problemas no sistema circulatório, elevando o risco de doenças cardiovasculares;
  • Enfraquecimento muscular;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Maior risco de diabetes tipo 2;
  • Dores articulares;
  • Maior suscetibilidade a quedas e fraturas.

No entanto, a atividade física regular pode mitigar esses efeitos, em particular os exercícios de resistência, essenciais para a manutenção e até mesmo para o aumento da massa muscular em pessoas mais velhas. Isso porque melhoram a circulação sanguínea, reduzem a pressão arterial e ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue.

Vantagens da prática de exercícios físicos

A seguir, confira mais 5 benefícios proporcionados pela atividade física na melhor idade para te incentivar a manter o corpo ativo:

1. Aumenta a qualidade de vida

A atividade física não é apenas baseada na manutenção da massa muscular, trata-se de uma parte integrante de um estilo de vida que valoriza cada movimento, cada respiração e cada momento vivido, permitindo às pessoas não apenas viver mais, mas viver melhor.

"Mais do que a manutenção da saúde física, o exercício na melhor idade é fundamental para a qualidade de vida, pois a prática de movimentos e a harmonia entre corpo e mente vai além do simples esporte, permite que as pessoas continuem realizando suas atividades diárias", diz o educador físico.

2. Incentiva a autonomia física

A autonomia física na melhor idade é um pilar crucial para a manutenção da dignidade e da qualidade de vida. A capacidade de realizar atividades do dia a dia sem dependência externa não é apenas uma questão de funcionalidade, mas um direito intrínseco a viver com plenitude e autoestima. Por meio da atividade física regular, os idosos podem manter e, em alguns casos, recuperar a autonomia, o que impacta diretamente seu senso de realização e independência.

"[O exercício físico] permite que as pessoas continuem realizando suas atividades diárias, mantendo sua independência e autonomia. Além disso, contribui para saúde mental, reduzindo o risco de depressão e melhorando a autoestima", afirma Giulliano Esperança.

A prática regular de exercícios físicos ajuda a reduzir o risco de depressão
A prática regular de exercícios físicos ajuda a reduzir o risco de depressão
Foto: Inside Creative House | Shutterstock / Portal EdiCase

3. Reduz o risco de depressão

Além do aspecto físico, o impacto emocional e cognitivo da atividade física na melhor idade é profundo. Frequentemente, essa fase da vida pode ser marcada por sentimentos de solidão e isolamento, que podem desencadear ou agravar quadros de depressão.

A prática regular de exercícios físicos demonstra ser uma ferramenta eficaz na mitigação desses sintomas. Estudos indicam que a atividade física regular não apenas melhora o humor, mas também contribui significativamente para a saúde mental, promovendo a liberação de endorfinas, conhecidas como hormônios da felicidade.

4. Melhora a concentração e a memória

A atividade física tem um impacto positivo na função cognitiva. A prática de exercícios, especialmente aqueles que estimulam a coordenação e o equilíbrio, pode melhorar a concentração, a memória e outras funções cognitivas. Segundo pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine, a atividade física regular está associada a um menor risco de declínio cognitivo em idosos. Isso sugere que a integração do movimento na rotina diária não é apenas benéfica para o corpo, mas também vital para manter a mente ágil e saudável.

A conexão entre o movimento e a saúde emocional na melhor idade é indissociável. Ao incentivar a prática regular de atividades físicas, estamos promovendo não apenas a longevidade, mas também a vivência de uma vida emocionalmente rica e cognitivamente ativa. Essa abordagem holística do bem-estar enfatiza que cada passo, cada movimento, cada esforço físico é um investimento na própria essência do ser humano. Ao cultivar a saúde física, estamos simultaneamente nutrindo a saúde mental e emocional.

5. Fortalece múltiplos grupos musculares

Uma das atividades físicas fundamentais e benéficas para a melhor idade é o agachamento, incluindo a sua variante mais acessível: o exercício de sentar e levantar de uma cadeira. Este movimento simples, mas poderoso, tem uma correlação direta com a autonomia e a longevidade.

Cientificamente, o agachamento é reconhecido por fortalecer múltiplos grupos musculares, especialmente aqueles envolvidos na locomoção e no equilíbrio. De acordo com um estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology, em 2014, a capacidade de sentar e levantar-se do chão sem assistência foi associada a uma menor taxa de mortalidade em adultos mais velhos. Este ato, que pode parecer trivial, é, na verdade, um indicador robusto da força e saúde muscular, além de flexibilidade.

Tais movimentos não apenas aumentam a força muscular, mas também melhoram a coordenação, o equilíbrio e a mobilidade geral. Isso é crucial, pois a capacidade de se mover com confiança e sem ajuda é um componente essencial da autonomia na vida diária. Além disso, a prática desses exercícios tem impacto na prevenção de quedas, uma das principais causas de lesões graves em idosos.

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