5 procedimentos importantes para a saúde das mulheres 50+
Da falta de hidratação da pele do rosto até a perda urinária, entenda como tratar alguns problemas dessa etapa da vida
Queda de estrogênio na pele gera sintomas como flacidez e ressecamento, tratáveis com skinbooster e bioestimuladores de colágeno.
É comum que mulheres após os 40 e 50 anos tenham sintomas de perimenopausa e menopausa, incluindo irritabilidade, sudorese excessiva, cansaço, ondas de calor e perda de massa óssea e massa magra. Mas também aparecem sintomas na pele, o que mexe com a autoestima da mulher.
“A consequência da diminuição importante de estrogênio e progesterona na pele é o afinamento de sua espessura e a diminuição das fibras de elastina e colágeno. O resultado é uma pele mais fina, enrugada e flácida”, completa a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“Nessa fase, as glândulas sebáceas também produzem menos óleo, levando ao ressecamento, o que pode causar coceira e desconforto”, destaca a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Mas, engana-se quem pensa que os sintomas da pele só aparecem no rosto: “O corpo da mulher passa por diversas transformações, o que também afeta sua região íntima, levando à frouxidão vaginal, perda urinária, presença de flacidez nos grandes lábios e acúmulo de gordura localizada no monte pubiano. Estas alterações afetam diretamente o bem-estar da mulher”, completa a dermatologista e ginecologista Daniella Curi, mestre e doutora em ginecologia e obstetrícia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Nesse emaranhado de alterações, o que pode ser feito para tratar a pele e devolver o bem-estar à mulher que passa por esse período?
Aumentar a hidratação em consultório
Segundo Paola, o skinbooster promove potente hidratação combinada ao estímulo da produção de colágeno. “Ele é um ‘hidratante injetável’ que estimula o colágeno e melhora as linhas sem paralisar a musculatura (diferente da toxina botulínica)”, explica a dermatologista. “No procedimento, o profissional utiliza uma agulha fina para injetar pequenas quantidades do skinbooster contendo ácido hialurônico na camada dérmica, com o objetivo de melhorar a hidratação e elasticidade da pele”, comenta Beatriz Lassance.
Estimular colágeno
Segundo a cirurgiã plástica, os bioestimuladores de colágeno costumam ser excelentes recomendações para essa fase. “Os bioestimuladores são substâncias capazes de estimular os fibroblastos a produzir fibras de colágeno e elastina em maior quantidade e melhor quantidade. São substâncias que quando injetadas sob a pele provocam uma inflamação muito controlada, sinalizando aos fibroblastos que aquele tecido precisa de reparo. Uma cascata de eventos semelhante ao da cicatrização é desencadeada e temos formação de colágeno e elastina. Ele equilibra a balança, já que a perda de colágeno é mais evidente na menopausa”, explica Beatriz.
Para essa finalidade, o ultrassom microfocado também é indicado, segundo Paola: “Ele gera ondas que conseguem atingir as camadas mais profundas da pele, aquecendo-as e, consequentemente, estimulando a produção de novas fibras de colágeno”, completa a dermatologista.
Reduzir o excesso de pele da região íntima
No caso do desconforto e constrangimento com a região íntima, pelo excesso de pele (hipertrofia) dos pequenos lábios, a cirurgia de ninfoplastia pode ser realizada. “É importante destacar que não existe um padrão normal estético para a região, já que sua anatomia varia muito entre as mulheres. É considerado anormal tudo o que causa constrangimento, desconforto, vergonha ou piora da autoestima”, explica o ginecologista Igor Padovesi, fundador do Instituto de Cirurgia Íntima.
“O objetivo da ninfoplastia é remover o excesso de pele dos pequenos lábios, deixando-os para dentro dos grandes lábios. O procedimento pode ser realizado com laser e/ou com bisturi elétrico de alta frequência. Antes realizada como uma cirurgia hospitalar tradicional, com a evolução das técnicas cirúrgicas, atualmente no Brasil e no mundo a ninfoplastia tem sido realizada como uma cirurgia ambulatorial”, diz o médico.
“A redução cirúrgica dos pequenos lábios é um procedimento relativamente simples, mas capaz de aumentar significativamente a autoestima e o bem-estar físico, psicológico e sexual”, completa Igor Padovesi.
Tratar o canal vaginal e o acúmulo de gordura
Segundo a dermatologista Daniella Curi, uma novidade para tratar a região íntima é o uso do ultrassom microfocado Megaderme G. “Ele foi desenvolvido para o tratamento do canal vaginal e pode ser usado também para tratar gordura e flacidez”, explica Daniella. Diferentemente de outros ultrassons, Megaderme G tem ponteiras específicas para atuar externa e internamente (no canal vaginal, onde é usado para tratar principalmente a perda urinária).
“O ultrassom microfocado vai na profundidade que selecionamos de acordo com o cartucho e atinge camadas do canal vaginal, onde estimula o colágeno e promove uma contração desse canal. É por isso que ele ajuda na melhora da frouxidão vaginal e também age sustentando melhor a uretra, que está logo acima do canal vaginal”, diz a ginecologista.
Também é possível atuar nos grandes lábios para tratar a flacidez ou no monte pubiano para diminuir volume. “Nesse caso, para o tratamento de gordura, utilizamos o ultrassom macrofocado nas ponteiras corporais. Então, ele pode estimular colágeno no tratamento da flacidez dos grandes lábios ou diminuir o tecido adiposo quando o intuito é tratar a gordura localizada; tudo vai depender da indicação de cada caso”, explica a ginecologista.
Fortalecer os músculos do assoalho pélvico
A dermatologista Daniella Curi explica que o fortalecimento do assoalho pélvico ajuda no tratamento da incontinência urinária e na frouxidão vaginal. A atividade física é fundamental, mas existem procedimentos que podem ajudar em consultório, como é o caso do G Sculptor, que dispõe de uma poltrona especialmente desenhada para tratamentos íntimos de fortalecimento da musculatura pélvica por meio do campo eletromagnético.
“Esse trabalho é fundamental, pois é o assoalho que ajuda a sustentar todas as estruturas da região. Muito importante, sempre que possível, associar os procedimentos do canal vaginal com a melhora da sustentação do assoalho pélvico. O campo eletromagnético faz um estímulo destes músculos, os deixando mais fortalecidos”, diz ela.
Apesar dos tratamentos terem resultados satisfatórios, o médico ginecologista argumenta que o ideal é que a paciente busque orientação ginecológica para a prescrição de reposição hormonal, caso haja necessidade.
“Como muitos dos sintomas têm causas hormonais, tratá-los sem a terapia de reposição hormonal pode ser como enxugar gelo. Nessa terapia, são usados normalmente estrogênios, em diversas vias de aplicação, variando da forma oral, gel na pele ou na região da vulva e vagina e adesivos transdérmicos, além de implantes hormonais. Toda essa terapia visa manter os níveis de hormônios femininos em valores próximos aos encontrados durante a vida reprodutiva da mulher. São tratamentos bastante seguros, desde que monitorados por um médico regularmente”, finaliza o Igor Padovesi.
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