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59% dos trabalhadores sentem estresse acima do ideal

O estudo contou com a participação de mais de mil trabalhadores de médias e grandes empresas

18 mar 2024 - 06h25
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Foto: Freepik

Uma pesquisa recente conduzida pela empresa Pausa Ativa Ocupacional revelou dados alarmantes sobre o cenário atual nas empresas: 86% dos funcionários passam mais de 6 horas diárias trabalhando sentados. Esse estilo de vida sedentário está associado a níveis elevados de estresse (53%), falta de energia (59%), e esgotamento que afeta até mesmo as atividades de lazer (71%).

Segundo o professor Daniel Sandy, CEO e cofundador da Pausa Ativa, os efeitos do sedentarismo vão além do físico, impactando diretamente a produtividade e o bem-estar dos colaboradores. Estudos mostram uma relação direta entre o tempo prolongado de inatividade e problemas como redução da oxigenação celular, atividade neurometabólica reduzida, aumento da tensão muscular e processos inflamatórios crônicos.

Conscientes desses desafios, os gestores de Recursos Humanos têm buscado soluções para combater o sedentarismo no ambiente corporativo. No entanto, a baixa adesão aos programas de estímulo à atividade física tem sido um obstáculo. Muitos gestores questionam se vale a pena investir em iniciativas desse tipo.

De acordo com Daniel Sandy, para superar essa resistência, é crucial remover as barreiras que impedem a participação dos colaboradores. 

“É fundamental promover o movimento durante a jornada de trabalho, indicando exercícios rápidos e simples, estimulando a independência e garantindo uma cultura organizacional que valorize a saúde e o bem-estar”, afirma o professor.

As pausas ativas no combate ao sedentarismo

Segundo a PhD em neurofisiologia, a professora Leandra Batista, que também atua como diretora científica da Pausa Ativa Ocupacional, as pausas ativas ocupacionais têm sido recomendadas em diversos países ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos, Canadá, Austrália, União Europeia, Japão, China, entre outros para combater o sedentarismo. 

Estas recomendações variam quanto ao tempo de permanência sentado (de 30 minutos a 2 horas consecutivas) e o tempo destinado às pausas ativas (de 1 a 10 minutos).

De acordo com a especialista, ao realizar movimentos durante a pausa ativa, o indivíduo direciona seu foco para a prática física, o que pode resultar na redução da atividade no córtex pré-frontal – região cerebral responsável por funções como planejamento, tomada de decisões, concentração e controle emocional. 

Essa pequena intervenção pode abrir novos caminhos para o cérebro ao retornar à atividade mental, permitindo uma melhora na criatividade ou uma redução na ruminação mental e na preocupação excessiva.

“Para conscientizar e incentivar a mudança, as empresas podem adotar uma série de medidas, como palestras de sensibilização, implementação de programas de pausas ativas, oferecimento de espaços para movimento, treinamento da liderança, incentivo a reuniões caminhantes, estímulo ao uso de escadas, e reconhecimento dos colaboradores que se destacam pela iniciativa”, finaliza o CEO da Pausa Ativa Ocupacional.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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