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7 benefícios da erva quebra-pedra e como usá-la

Repleta de propriedades naturais, a planta pode contribuir para uma melhor qualidade de vida

15 jan 2025 - 17h02
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Encontrada em diversos habitats tropicais, a quebra-pedra (Phyllanthus niruri) carrega diversos relatos sobre sua aplicação prática no cuidado da saúde. É uma planta medicinal com potencial para prevenir pedras nos rins e na vesícula, melhorar a saúde hepática e aliviar a constipação, graças à sua composição que inclui flavonoides, ligninas e triterpenos, responsáveis por propriedades antioxidantes e hepatoprotetoras.

A quebra-pedra é uma planta com propriedades medicinais
A quebra-pedra é uma planta com propriedades medicinais
Foto: Lukman Nurrohim | Shutterstock / Portal EdiCase

A seguir, confira 7 benefícios da erva quebra-pedra e como usá-la!

1. Redução de cálculos renais

A quebra-pedra é conhecida por sua ação antilitíase, ou seja, sua capacidade de reduzir a formação de cálculos renais. Segundo a tese de doutorado de Nidia Denise Pucci, "Efeitos do Phyllanthus niruri em parâmetros metabólicos de portadores de litíase urinária", da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a ingestão do chá por 15 semanas reduziu significativamente o número de cálculos nos pacientes analisados.

2. Prevenção da hipercalciúria e hiperuricosúria

Ainda conforme o estudo "Efeitos do Phyllanthus niruri em parâmetros metabólicos de portadores de litíase urinária", o uso da erva é eficaz na prevenção de condições como hipercalciúria (excesso de cálcio na urina) e hiperuricosúria (excesso de ácido úrico na urina). Essas condições estão diretamente associadas à formação de cálculos urinários, e a quebra-pedra atua equilibrando os níveis metabólicos, reduzindo os fatores de risco.

3. Eficácia no combate à leishmaniose cutânea

No estudo "Prospecção e identificação de compostos isolados de Phyllanthus amarus Schum and Thonn com potencial atividade leishmanicida", publicado na revista Planta Medica, pesquisadores da Unicamp investigaram os efeitos da quebra-pedra na leishmaniose cutânea, doença infecciosa e não contagiosa que causa úlceras na pele e mucosas.

O estudo demonstrou que as lignanas presentes na planta agem reduzindo a capacidade energética do protozoário Leishmania amazonensis, principal causador da doença. Além disso, os compostos mostraram baixa citotoxicidade para células humanas, tornando a planta uma opção promissora para tratamentos alternativos e menos tóxicos.

4. Potencial terapêutico na doença de Chagas

O mesmo estudo publicado pela Planta Medica identificou que as lignanas extraídas da quebra-pedra apresentam ação relevante contra o Trypanosoma cruzi, protozoário responsável pela doença de Chagas. As substâncias interferem no metabolismo do parasita sem causar danos significativos às células do hospedeiro, o que é crucial considerando a alta toxicidade de medicamentos convencionais. Essa descoberta representa um avanço no desenvolvimento de alternativas terapêuticas mais seguras e eficazes.

O chá de quebra-pedra tem compostos bioativos antioxidantes, que ajudam a proteger contra danos causados por radicais livres
O chá de quebra-pedra tem compostos bioativos antioxidantes, que ajudam a proteger contra danos causados por radicais livres
Foto: Luis Echeverri Urrea | Shutterstock / Portal EdiCase

5. Propriedades antioxidantes e protetoras celulares

Ainda conforme o estudo "Prospecção e identificação de compostos isolados de Phyllanthus amarus Schum and Thonn com potencial atividade leishmanicida", os compostos bioativos isolados da quebra-pedra, como flavonoides e polifenóis, têm papel antioxidante, que protegem as células contra danos causados por radicais livres. Essa propriedade pode se mostrar particularmente importante no contexto de doenças parasitárias, pois ajuda a mitigar os danos inflamatórios gerados pelas infecções.

6. Propriedades anti-inflamatórias

O estudo "Effects of Phyllanthus niruri Linn. on wound healing and anti-inflammatory properties in rats", presente na Asian Pacific Journal of Tropical Medicine, demonstrou que quebra-pedra possui propriedades anti-inflamatórias significativas. Em experimentos realizados com ratos, os compostos bioativos da planta modularam processos inflamatórios em feridas induzidas. Essas ações são essenciais para a regeneração tecidual.

7. Efeitos hepatoprotetores

Ainda conforme o estudo "Effects of Phyllanthus niruri Linn. on wound healing and anti-inflammatory properties in rats", a quebra-pedra demonstrou benefícios significativos para a saúde hepática em modelos animais. O extrato da planta promoveu regeneração do tecido hepático e preveniu danos adicionais em ratos submetidos a lesões químicas no fígado. Esses resultados indicam a capacidade hepatoprotetora da planta, essencial para a recuperação de condições hepáticas.

Como usar a erva quebra-pedra

Conforme a Cartilha das Plantas Medicinais da Política Intersetorial de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Rio Grande do Sul, a infusão da quebra-pedra é recomendada para uso oral em pessoas acima de 12 anos. Para preparar, utilize 1 colher de sopa das partes aéreas secas da planta em 150 ml de água fervente. Deixe repousar por 10 a 15 minutos e consuma duas a três vezes ao dia.

Além da infusão, o chá com as partes secas da quebra-pedra é uma das formas mais comuns de consumo. Este preparo é simples e mantém as propriedades diuréticas, antioxidantes e hepatoprotetoras da planta. Para fazer, adicione 1 colher de sopa da erva seca em 200 ml de água, leve ao fogo até ferver, desligue e deixe em infusão por cerca de 10 minutos. A bebida deve ser consumida em pequenas porções ao longo do dia, sempre com moderação e sob orientação médica, especialmente para evitar possíveis efeitos colaterais.

Atenção às contraindicações

O uso da quebra-pedra é contraindicado em casos de insuficiência renal grave, devido ao risco de sobrecarga nos rins. Além disso, o consumo prolongado ou em doses inadequadas pode causar desequilíbrios eletrolíticos, manifestados por sintomas como fraqueza e tontura. Grupos como crianças pequenas, gestantes, lactantes e idosos devem evitar o uso da planta sem avaliação profissional.

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