7 fatores, além da genética, que contribuem para a queda de cabelo
Até mesmo o estresse e a falta de nutrientes podem levar à perda dos fios
A calvície pode ter causas que vão além da genética, como estresse, alimentação e deficiências nutricionais, impactando a autoestima e bem-estar.
A calvície costuma ser atribuída principalmente à genética, mas suas causas vão muito além da herança familiar. Embora os genes desempenhem um papel importante, fatores como estresse, alimentação, medicamentos e estilo de vida podem acelerar o processo de queda de cabelo.
Estudos recentes indicam que deficiências nutricionais, especialmente de vitaminas e minerais, contribuem para o enfraquecimento dos fios. A vitamina D, por exemplo, é essencial para a saúde dos folículos capilares, assim como a vitamina B7, que é importante para cabelos, pele e unhas.
No Brasil, um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mostrou que 42 milhões de pessoas apresentam algum grau de calvície, um problema que atinge até os mais jovens. Aproximadamente 25% dos homens entre 20 e 25 anos já enfrentam a perda de cabelo, e muitas mulheres também sofrem com essa condição, que impacta diretamente na autoestima e bem-estar.
Stanley Bittar, CEO da Stanley's Hair, empresa de transplante capilar, explica que cada caso de queda de cabelo deve ser avaliado individualmente para identificar sua origem. “A calvície geralmente é associada à herança familiar, então, se há familiares calvos, há maior chance de o problema ocorrer. Entretanto, até medicamentos específicos, como anticoagulantes, podem afetar o couro cabeludo sem que as pessoas percebam”, explica Bittar.
O CEO da Stanley’s Hair afirma que, dependendo do caso, a queda de cabelo pode ser prevenida. “Em algumas situações, mudanças na dieta e controle do estresse já são suficientes para evitar a queda dos fios. Procurar ajuda especializada ao notar uma queda excessiva ou falhas no couro cabeludo é importante, pois esses sinais indicam que algo no organismo não está bem e precisa de tratamento. Nosso aspecto externo costuma refletir o que ocorre internamente”, avalia.
Mercado tem soluções modernas e eficazes para a calvície
Independentemente da causa da queda de cabelo, o mercado apresenta soluções avançadas para o problema, trazendo esperança para quem deseja recuperar a autoestima. As alternativas incluem medicamentos inovadores, terapias a laser e o transplante capilar, uma opção eficaz para quem busca resultados duradouros. “O transplante envolve a remoção de folículos capilares saudáveis de uma área doadora, geralmente na nuca ou na parte posterior da cabeça, que serão implantados nas áreas calvas ou com pouco cabelo”, explica Stanley.
O médico ressalta que, apesar da crença de que o transplante é complexo e doloroso, trata-se de um procedimento simples, indolor e com rápida recuperação, permitindo que o paciente retorne para casa no mesmo dia.
Ganho de autoestima
A empreendedora e influenciadora Carol Magon, que sempre conviveu com falhas no couro cabeludo, compartilha como o transplante capilar foi decisivo para a melhora de sua autoestima.
“Era um grande incômodo. Nunca usava o cabelo preso para trás por causa das entradas e gastava um vidro de fixador por mês para esconder as falhas”, conta.
Carol explica que, logo após o transplante, quando o cabelo começou a crescer, a forma como se via mudou completamente. “Foi mais simples do que imaginei, e hoje aconselho outras mulheres que enfrentam o mesmo problema a buscarem uma solução para se sentirem bem com o espelho”, afirma.
Confira 7 fatores além da genética que podem contribuir para a calvície:
• Estresse: Segundo Stanley Bittar, o estresse, seja físico ou emocional, pode causar uma condição chamada eflúvio telógeno, em que uma grande quantidade de cabelo começa a cair.
• Desequilíbrio hormonal: Os hormônios andrógenos desregulados podem provocar perda de cabelo. Em mulheres, a síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das causas.
• Tireóide desregulada: Tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem impactar a saúde do couro cabeludo.
• Falta de nutrientes: Deficiências de nutrientes como vitamina D, vitamina B7, ferro e zinco podem desencadear queda de cabelo. “A falta de ferro, por exemplo, compromete a produção de glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio aos folículos capilares”, explica Stanley.
• Medicamentos fortes: Anticoagulantes e medicamentos para quimioterapia, entre outros, podem causar perda de cabelo.
• Doenças autoimunes: A alopecia areata é uma condição autoimune que provoca queda de cabelo em áreas redondas e pode levar à calvície total.
• Inflamações causadas por fungos: Fungos como a tinea capitis ou o Microsporum spp podem causar queda de cabelo localizada. “É necessário usar antifúngicos para tratar esses casos”, orienta o médico.
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