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7 mitos frequentes sobre exercícios para a perda de peso

Especialista esclarece o que verídico e válido no processo de emagrecimento

6 mar 2024 - 06h10
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Foto: Freepik

Segundo uma pesquisa realizada em 2022 pela WW, empresa do segmento de bem-estar, em parceria com o Instituto Kantar, revelou que 91% dos brasileiros pretendiam priorizar o seu bem-estar e 40% tinham a intenção de investir na perda de peso.

Dados divulgados pela ONG Obesidade Brasil e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relatam que a obesidade afeta 41 milhões de brasileiros, sendo 22% dos homens e 29,5% das mulheres adultas. Esse percentual demonstra que a população está cada vez mais sedentária. 

Manter-se ativo é uma regra que vale para todos, jovens e idosos. Praticar exercício físico de intensidade moderada promove significativas melhoras nas respostas imunológicas, além de ajudar a reduzir marcadores inflamatórios crônicos de baixo grau.

“Na busca desenfreada para perder peso, muitas pessoas acabam optando por atalhos repletos de facilidades que vão comprometer a saúde. Resultados imediatos não existem. O ganho de peso acontece de maneira gradual e a perda acontecerá da mesma maneira”, orienta Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.

Na internet é possível encontrar várias informações sobre o tema, mas o que realmente é válido e o que vale a pena seguir? Essa é a dúvida de muitas pessoas que estão em busca de uma vida saudável. Para esclarecer e desmistificar o assunto, Eduardo pontua os sete principais mitos sobre a perda de peso. Confira:

1. Atividades aeróbicas são melhores para emagrecer

"É cada vez mais imprescindível tratar o emagrecimento com uma abordagem multifatorial, levando em consideração os fatores biopsicossociais e não apenas a dieta e o exercício. As atividades aeróbicas são ótimas para estimular a queima calórica, mas também é importante combinar diferentes tipos de exercícios, incluindo o treinamento de força, que é eficaz para alcançar resultados mais completos e duradouros", diz Eduardo.

Ambos são extremamente importantes no emagrecimento. É tão importante quanto a modalidade escolhida a questão do desequilíbrio calórico negativo, onde o gasto energético deve ser superior à ingestão.

A dica de ouro é encontrar o exercício que proporcione prazer e que você consiga realizar com frequência.

2. Musculação não ajuda a queimar gordura

Até bem pouco tempo, acreditava-se que os exercícios aeróbicos seriam a principal ferramenta para quem quer diminuir os números na balança. E com essa mentalidade esquecemos do treinamento contra resistência. 

Porém a musculação também contribui muito para o emagrecimento, favorecendo o ganho de massa, o que aumenta o gasto calórico do organismo em repouso.

Vale ressaltar outros benefícios do treinamento de força:

• Otimização da taxa metabólica basal;

• Auxilia na redução de massa gorda e na manutenção da força;

• Retardar a atrofia muscular do envelhecimento;

• Manutenção do tecido ósseo;

• Melhora dos componentes cardiovasculares, do metabolismo da glicose, na prevenção e no tratamento do diabetes.

3. Quanto mais suor, mais perda de calorias

O suor é água e eletrólitos, e qualquer peso perdido pelo suor é recuperado assim que você se hidrata. O emagrecimento ocorre por meio de uma abordagem biopsicossocial, incluindo a combinação de dieta saudável e exercícios regulares, não apenas pela quantidade de suor produzido.

4. É preciso malhar todos os dias para ter resultados

A frequência e a intensidade dos treinos devem ser equilibradas com períodos de descanso para permitir a recuperação do nosso organismo. A regularidade da atividade física é importante, mas a qualidade do estímulo e a recuperação adequada são tão importantes quanto as idas à academia.

Uma combinação de treino de força, exercícios cardiovasculares e mobilidade, juntamente com a recuperação e a nutrição, tende a oferecer os melhores resultados. É importante reforçar a ideia de que cada pessoa responde de uma forma, ouvir o seu corpo, ajustar a sua rotina de acordo com as suas necessidades e objetivos individuais são fundamentais.

5. É melhor treinar à noite do que de manhã

Não existe um “melhor” horário para se exercitar, pois isso depende muito das preferências individuais, do estilo de vida e dos objetivos de cada pessoa.  O exercício no final da tarde ou à noite parece ser  superior ao exercício matinal, especialmente para atividades de força e potência. O ritmo circadiano tende a atingir o pico entre 14h e 18h, e o corpo está em ótimas condições para melhor desempenho físico.

“No meu entendimento, o melhor horário para se exercitar é aquele que se encaixa na sua rotina e que você pode manter consistentemente. A regularidade e a consistência no exercício são mais importantes do que a hora específica do dia em que você se exercita”, enfatiza Eduardo.

6. Praticar exercícios em jejum emagrece mais

Trata-se de um mito. A revisão da literatura sugere que existem poucas evidências para apoiar a ideia que a prática de exercícios em jejum proporciona aumento na oxidação de gordura. A recomendação é evitar realizar exercícios durante o jejum, principalmente ao praticar atividades de alta intensidade.

7. Pessoas mais velhas não devem levantar peso ou fazer exercícios intensos

Os benefícios do treino de resistência são incrivelmente abrangentes, desde a redução do risco de doenças crônicas a melhoria do estilo de vida saudável, especialmente à medida que envelhecemos, até o aperfeiçoamento do desempenho desportivo atlético. 

“Acredito que todas as pessoas deveriam ter uma rotina de exercícios contra resistência. Temos evidências científicas que demonstram que devemos cada vez mais recomendar essa estratégia: levantem peso para a vida", comenta o profissional de Educação Física.

Quanto a orientação de não realizar exercícios intensos, idosos podem realizar exercícios de alta intensidade, mas com algumas considerações importantes:

• Avaliação médica, respeito à progressão e monitoramento constante;

• Embora o exercício de alta intensidade possa ser benéfico, é crucial adaptá-lo às necessidades e capacidades individuais de cada idoso. O foco deve ser a segurança.

Dica do especialista

"O cuidado com o corpo gera benefícios essenciais para manter as capacidades físicas fortalecidas e garantir qualidade de vida.  Esse autocuidado ajuda a prevenir lesões no decorrer da vida. O treino diário ajuda a manter o corpo forte e gera equilíbrio: qualidades fundamentais para evitar quedas, contusões ou até algo mais grave", conclui ele.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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