Água do mar imprópria para banho pode prejudicar a saúde
Ainda mais atrativas nos dias quentes de verão, as praias do litoral brasileiro têm sido o destino de muita gente nesta época do ano. O problema, no entanto, é que o despejo de esgoto e a superlotação das areias - responsável por gerar uma maior produção de lixo - acabam, por irresponsabilidade de muitos banhistas, comprometendo a qualidade da água do mar.
Bastante comum no ambiente praiano, essa falta de higiene pode resultar em problemas sérios de saúde, como machucados cutâneos, infecções, vômitos e diarreias, que podem causar a perda de sais minerais, em especial de potássio, desequilibrando o organismo e prejudicando, até mesmo, o funcionamento dos rins. Além disso, se o veranista tiver cortes ou feridas na pele e entrar em contato com o mar, poderá adquirir, também, micoses e outras irritações.
O quadro tende a piorar se a água contaminada for, de algum modo, aspirada. “Quando isso acontece, a pessoa pode adquirir uma sinusite bacteriana decorrente da poluição, mas sem ter o seu pulmão afetado”, informa Jean Carlo Gorinchteyn, infectologista do Hospital São Camilo, de São Paulo.
Na praia, há, ainda, a chance dos olhos serem atingidos e acabarem sofrendo com uma conjuntivite bacteriana, que costuma ser combatida, na maioria das vezes, com colírios antibióticos prescritos pelo médico.
“Quando há ausência de balneabilidade (qualidade da qualidade das águas destinadas à recreação), o nível de bactérias aumenta, assim como os riscos de contrair qualquer uma dessas doenças”, alerta o especialista.
Como evitar
Para afastar as chances de contaminação na praia neste verão, algumas precauções importantes precisam ser tomadas. A principal delas é não entrar no mar quando houver a indicação de que o local está impróprio para banho. Além disso, vale a pena evitar banhar-se perto de locais onde há despejo de esgoto doméstico e ter cuidado ao andar na areia para não esbarrar em objetos e materiais que podem causar lesões na pele.