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Alergias respiratórias: quais as principais no Brasil?

Dermatite atópica pode estar presente em pacientes com asma e rinite, que pode afetar até 40% dos brasileiros Os especialistas do Departamento Científico de Rinite, da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explicam a seguir quais as alergias respiratórias mais frequentes no Brasil, os sintomas e como deve ser feito o diagnóstico. Qual a […]

14 jan 2025 - 15h48
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Dermatite atópica pode estar presente em pacientes com asma e rinite, que pode afetar até 40% dos brasileiros

Os especialistas do Departamento Científico de Rinite, da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explicam a seguir quais as alergias respiratórias mais frequentes no Brasil, os sintomas e como deve ser feito o diagnóstico. 

As alergias respiratórias são muito prevalentes no mundo inteiro, sobretudo nos centros mais desenvolvidos
As alergias respiratórias são muito prevalentes no mundo inteiro, sobretudo nos centros mais desenvolvidos
Foto: Revista Malu

Qual a incidência de alergias respiratórias no Brasil?  

As doenças alérgicas respiratórias são muito prevalentes no mundo inteiro, sobretudo nos centros mais desenvolvidos. Levantamentos populacionais já realizados apontam que a rinite pode afetar até 30 a 40% dos indivíduos, inclusive no Brasil. Um aumento expressivo na frequência de doenças alérgicas tem sido observado nas últimas décadas e as razões para este fenômeno são dependentes de hábitos de vida, fatores genéticos e ambientais.

Quais os principais tipos de alergias respiratórias? 

A manifestação alérgica respiratória mais comum é a rinite alérgica. Os sintomas são espirros em sequência, coriza transparente, coceira no nariz e congestão nasal. Além disso, eles se iniciam imediatamente após a exposição do indivíduo a algum alérgeno (substância capaz de induzir uma reação alérgica) ou a algum agente irritante como cheiros ativos, fumaças, poluentes etc. Alguns indivíduos também podem queixar-se de coceira nos olhos e garganta, pigarro e tosse seca. Existe grande associação de rinite e asma. A rinite mal controlada é um fator de risco para o desenvolvimento de asma. Por outro lado, a imensa maioria dos pacientes com asma alérgica tem rinite, e não podem deixar de tratá-la adequadamente, sob pena de não alcançarem o controle da asma. 

Os sintomas da asma são falta de ar, chiado no peito, tosse, sensação de cansaço e dor no peito. Além disso, a manifestação clínica é normalmente acentuada após esforço físico e até mesmo ao falar e rir.

Diagnóstico das alergias respiratórias 

O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na descrição dos sintomas característicos citados anteriormente e exame físico compatível. O questionamento quanto aos fatores agravantes dos sintomas, a história familiar de alergias (asma, rinite e dermatite atópica) e os achados de exame físico são a base para o diagnóstico. A investigação da sensibilização alérgica pode ser feita por meio de testes alérgicos realizados pelo médico especialista ou através de exames laboratoriais, sempre guiados pela história clínica.

O afastamento dos agentes causadores das alergias é um dos pilares importantes no tratamento, podendo reduzir a reatividade das vias respiratórias e facilitar o controle dos sintomas com uma menor necessidade de medicamentos. O ambiente de casa deve ser preferencialmente simples, fácil de higienizar, bem ventilado e livre de infiltrações ou mofo. Fazer de atividades físicas com frequência, dormir bem e ter uma alimentação equilibrada são coisas importantes.

O médico especialista pode recomendar medidas mais específicas após realizar uma análise clínica criteriosa e identificar os agentes desencadeantes.

As alergias de pele podem ter relação com as alergias respiratórias?

A dermatite atópica é a manifestação cutânea que pode estar presente em indivíduos com história familiar ou pessoal de alergias respiratórias (rinite e asma alérgicas). É mais comum em crianças nos primeiros anos de vida, podendo anteceder ou coexistir com a rinite e a asma. Com menor frequência pode surgir mais tardiamente na infância ou na idade adulta, por vezes com evolução mais arrastada e de mais difícil controle.

Revista Malu Revista Malu
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