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Alimentação: a escolha errada pode interferir na saúde

21 set 2024 - 23h44
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Uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes é importante para funções corporais essenciais, como a renovação celular, manutenção do sistema imunológico e prevenção de doenças

Gisele Bündchen, uma das modelos mais aclamadas do mundo, já disse publicamente que se alimentava mal, bebia muito café e era fumante. Ela buscou ajuda profissional, largou o cigarro e passou a consumir mais frutas, legumes, proteínas e a evitar ultraprocessados.

A médica Ana Gabriela de Magalhães (CRM-MG 69.456 e RQE 56.186 e 56.588), pós-graduada em Medicina e Estilo de Vida, comenta que dietas pobres em nutrientes, ricas em açúcares, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados ruins podem acelerar processos inflamatórios, contribuir para o ganho de peso, aumentar o risco de doenças crônicas e piorar a qualidade de vida.

Segundo a especialista, os alimentos ultraprocessados ricos em açúcares refinados, gorduras saturadas e aditivos químicos são os mais prejudiciais. "Eles têm pouco valor nutricional e contribuem para o aumento de doenças metabólicas, como obesidade, diabetes e hipertensão, além de promoverem inflamação sistêmica. O consumo excessivo de alimentos ricos em sal, como embutidos, também pode elevar o risco de problemas cardiovasculares", aponta.

Os alimentos e o envelhecimento do corpo

Conforme a médica, para a saúde do coração são importantes os alimentos ricos em ácidos graxos, ômega-3, como peixes, nozes e sementes que ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, inflamação e melhorando os níveis de colesterol.

Já para massa muscular e força, as proteínas, presentes em carnes magras, como peixes, ovos, frango e leguminosas, são essenciais para manter a massa muscular. Carnes vermelhas também podem ser consumidas com moderação. Os alimentos ricos em cálcio, como leite e derivados, ajudam na saúde óssea, assim como magnésio, oleaginosas e folhas verdes, vitamina D, presente em peixes e ovos.

Os alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas e vegetais verde- escuros, castanhas, auxiliam na saúde cerebral, protegendo contra o estresse oxidativo. "Quando pensamos em defesa do corpo, alimentos ricos em zinco, vitamina C e outros antioxidantes, como frutas cítricas, castanhas e sementes, apoiam o sistema imunológico", enfatiza.

Dieta mais adequada para cada fase da vida

De acordo com a especialista, em cada fase da vida há necessidades nutricionais específicas, como, por exemplo, um recém-nascido de até 6 meses, que precisa de aleitamento materno exclusivo. À medida que é feita a introdução alimentar, essa criança até a adolescência precisará de uma dieta rica em nutrientes, com proteínas, carboidratos complexos, gorduras saudáveis e micronutrientes, para crescimento e desenvolvimento adequados.

Foto: Márcia Piovesan

Dra. Ana Gabriela - Foto divulgação

A médica reforça que na vida adulta temos que pensar em saúde cardiovascular, controle de peso e prevenção de doenças crônicas, com uma alimentação balanceada e rica em fibras, proteínas magras, gorduras saudáveis, como poli-insaturadas, evitando gorduras saturadas, alimentos industrializados, ricos em alimentos adicionais e sal.

Já na senilidade, a prioridade é a preservação da massa muscular e óssea, além de prevenir déficits nutricionais que também se atinge com uma alimentação equilibrada. Portanto, como lembra Ana Gabriela, para pessoas isentas de doenças, o que vale é o equilíbrio.

Pirâmide alimentar

Alimentos diários: devem ser consumidos entre 5 a 7 porções de frutas, vegetais, legumes e cereais; tubérculos e raízes são 6 porções diárias; leite e derivados, carnes, feijões, ovos e nozes entre 2 a 3 porções diárias.

Açúcares, doces, óleos e gorduras: esses alimentos devem ser consumidos com moderação.

A médica recomenda que as pessoas evitem o consumo frequente de álcool, bebidas açucaradas. "A ideia sempre será descascar mais e desembalar menos", ressalta.

Alimentação natural sem hormônios e agrotóxicos

Ana Gabriela conta que para fugir da exposição dos hormônios e agrotóxicos, os indivíduos precisam escolher alimentos orgânicos e de produtores locais que utilizam práticas de agricultura sustentável. Além disso, é primordial lavar bem as frutas, vegetais e descascar certos alimentos. "Optar por carnes e produtos lácteos de fontes confiáveis, que seguem práticas de criação sem hormônios artificiais, também podem ajudar", finaliza.

Márcia Piovesan
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