Alopecia: veja como tratar doença que atinge 42 milhões de brasileiros
Queda de cabelo crônica e frequente é conhecida como alopecia androgenética, doença que ainda não tem cura definitiva
A alopecia androgenética, também conhecida como calvície padrão, é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima-se que 42 milhões de brasileiros sofrem com algum grau de queda de cabelo.
O que é a alopecia
A alopecia é uma doença inflamatória que provoca a queda de cabelo. Trata-se de uma uma condição genética e hereditária, mais frequente em homens. No entanto, ela também pode atingir as mulheres, como é o caso de diversas celebridades. Deborah Secco e Virginia Fonseca, por exemplo, já revelaram sofrer com as quedas de cabelo.
De acordo com o médico dermatologista Dr. Gustavo Martins, a sensibilidade dos folículos capilares aos hormônios andrógenos, em especial a testosterona, é a principal causa da queda de cabelo.
"Na alopecia androgenética, os folículos capilares gradualmente encolhem e diminuem a produção de fios de cabelo saudáveis. Isso resulta em uma redução progressiva na densidade capilar, afetando principalmente a região do topo da cabeça", explica Gustavo.
Tratamento
Infelizmente, a alopecia androgenética não tem cura definitiva. Contudo, é possível recuperar a autoestima e a qualidade de vida com algumas formas de tratamento. "Existem opções terapêuticas disponíveis, como medicamentos tópicos, terapias a laser e transplante capilar, que podem ajudar a retardar a progressão da queda de cabelo e estimular o crescimento dos fios", aponta o especialista.
Segundo a fisioterapeuta Thaís Rodrigues, da IBRAMED, tratamentos feitos em centros estéticos podem ajudar a controlar a queda de cabelo. "A carboxiterapia e a fotobiomodulação são hoje as terapias mais procuradas e eficientes para o tratamento", afirma.
A carboxiterapia é uma técnica que consiste na infusão de gás carbônico medicinal por meio de agulhas subcutâneas. Isso promove um potente efeito vasodilatador direto, melhorando a circulação local e aumentando a oxigenação e o suprimento de nutrientes para o folículo.
Além disso, a técnica aumenta os níveis de fatores de crescimento endotelial, que desempenham um papel importante na proliferação celular, resultando na formação de novos capilares e estimulando o folículo piloso a promover o crescimento capilar.
Já a fotobiomodulação consiste na emissão de diferentes fontes de luz, como laser e LED, que proporcionam efeitos celulares. A absorção da luz, especialmente na cor vermelha, estimula o folículo capilar, prolongando a fase de crescimento capilar e aumentando a taxa de proliferação dos folículos pilosos, explica a especialista.