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Alta miopia deve aumentar em 54% no Brasil até 2030, indica relatório

Especialista explica quais são os tratamentos possíveis e quem pode realizá-los

21 nov 2024 - 13h49
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A alta miopia é uma condição oftalmológica que se caracteriza pelo crescimento excessivo do globo ocular, de modo que a imagem que se forma seja focalizada na frente da retina. Isso pode resultar em visão borrada para objetos distantes e complicações mais sérias, afetando a qualidade de vida dos indivíduos.

A condição dificulta enxergar imagens distantes, prejudicando a qualidade de vida / Foto: Shutterstock
A condição dificulta enxergar imagens distantes, prejudicando a qualidade de vida / Foto: Shutterstock
Foto: Saúde em Dia

Segundo um relatório sobre a prevalência da miopia e alta miopia da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados sobre a saúde ocular dos brasileiros são alarmantes. Ainda de acordo com a pesquisa, deve ocorrer um aumento de 54% dos casos dessa condição nesta década. A estimativa é de que o Brasil vai ter 9,514 milhões de altos míopes em 2030.

O oftalmologista e diretor executivo do Instituto Penido Burnier de Campinas, Leôncio Queiroz Neto, acredita que a pesquisa comprova que o estilo de vida hoje influencia mais no aumento da miopia que a hereditariedade. Isso porque, o estudo prevê que a miopia leve e moderada deve passar de 60,5 milhões de casos em 2020 para 83 milhões em 2030.

Como tratar a alta miopia

É possível corrigir a alta miopia a partir de um implante de ICL, uma micro lente fácica que corrige a miopia sem retirar o cristalino e desbastar a córnea. A técnica é cirúrgica e ocorre no país desde 1995, período desde o qual as lentes tiveram uma grande evolução.  Atualmente, se produzem em material biocompatível com o globo ocular, permitindo um ajuste preciso e resultando em uma melhor refração. 

Como ocorre a cirurgia

O especialista esclarece que a cirurgia tem duração de 20 minutos. Ela se inicia com instilação de colírio anestésico e sedação leve do paciente. O cirurgião, então, realiza uma pequena incisão na base da córnea e insere a ICL, que se fixa entre a íris e o cristalino. O procedimento mantém o olho completamente íntegro, por isso a recuperação é rápida. No mesmo dia o paciente recebe alta e no dia seguinte retorna para retirar o curativo. Após a cirurgia o paciente deve evitar coçar ou esfregar os olhos, utilizando colírios conforme a prescrição médica. 

Quem pode operar

O oftalmologista ressalta que a ICL é indicada para que tem miopia de 6 a 16 dioptrias e até 4 de astigmatismo. Confira os principais critérios abaixo. 

  • Idade entre 21 e 45 anos
  • Estabilidade de grau há pelo menos um ano
  • Ausência de olho seco
  • Diâmetro da pupila até 7 mm
  • Não ter passado por procedimentos no segmento anterior dos olhos

Contraindicações

  • Ser gestantes ou mulher em período de lactação
  • Ser portador de glaucoma ou outras condições no nervo óptico
  • Conter baixa densidade de células na camada interna da córnea
  • Possuir um espaço raso entre a íris e o cristalino 

Cuidados pós-operatórios

O profissional ressalta que a alta miopia não é uma doença, e por isso só apresenta chances de correção. Uma característica do globo ocular do alto míope é o alongamento que pode resultar no estiramento na retina, predispondo a maculopatia miópica e o descolamento ou rasgo da retina. 

Alguns sintomas de atenção para a condição são enxergar flashes de luz, visão de pontos pretos e muitas moscas volantes. Estes indicam a necessidade de atendimento oftalmológico imediato com o intuito de evitar a perda irreparável da visão.

O especialista também alerta que a alteração no globo ocular de altos míopes predispõe ao glaucoma e aumenta em duas vezes o risco de desenvolver catarata precoce. Por isso, é fundamental realizar consultas oftalmológicas regularmente para prevenir a perda da visão.

Saúde em Dia
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